IBGE divulga os números do Pnad

Solteiros representam quase a metade e casados não chegam a 40%. Taxa de desemprego cresceu pela primeira vez, desde 2009.

A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (18) pelo IBGE, faz um retrato da sociedade brasileira e revela informações sobre a população, distribuição de rende, emprego e bens de consumo. O IBGE ouviu 362.555 pessoas em todo o país.

A taxa de desemprego cresceu pela primeira vez, desde 2009, ano da crise econômica mundial. No ano passado, foram 6,7 milhões de trabalhadores em busca de emprego. “Ainda é uma taxa de desocupação bastante baixa para o que é o padrão da Pnad. O que acontece no mercado de trabalho agora é que você ta vendo a continuidade de alguns movimentos que a Pnad já vinha mostrando – aumento da formalização e que se generaliza para diferentes faixas etárias”, diz a presidente do IBGE Wasmália Bivar. O desemprego foi maior no Nordeste (8%), o dobro do registrado no Sul (4%).

Boa parte dos desempregados no país tem algo em comum – mais da metade não concluiu o Ensino Médio. Entretanto, há avanços na educação. O brasileiro está ficando mais tempo na escola e quase 300 mil pessoas deixaram de ser analfabetas. Mas é preciso atenção: 8% da população ainda não sabem ler nem escrever, o equivalente a 13 milhões.

A pesquisa mostra também que a renda média do trabalho aumentou e passou para R$ 1.681. Só que a desigualdade no país também ficou maior pela primeira vez, desde 2001. O rendimento dos 10% mais ricos cresceu 6,4% enquanto o dos 10% mais pobres só 3,5%.

Apesar da desigualdade, um item de consumo está cada vez mais presente dentro de casa – o computador. Mais da metade dos brasileiros já acessam a internet.

A pesquisa revela muitas curiosidades:

- As mulheres são maioria da população brasileira
Mulheres: 51,5%
Homens: 48,5%

- Os solteiros representam quase a metade e casados não chegam a 40%
Solteiros: 49,2%
Casados: 38,6%

- No mercado de trabalho as mulheres ainda ganham, em média, 30% a menos do que os homens.

- O número de aparelhos de rádio e DVDs nas casas diminuiu e aumentou o número de máquinas de lavar roupa.

- Quase toda família tem fogão (98,8%) e televisão (97,2%).

- Atualmente, 75% da população têm celular. Mais da metade das casas conta apenas com telefone móvel (53,1%). Só 2,7% das casas têm apenas telefone fixo.

Fonte: Jornal Hoje