EXPORTAÇÕES - Estado tem maior superávit do país

Mato Grosso apresentou o maior superávit externo do país no primeiro trimestre do ano ao contabilizar de janeiro a março saldo de US$ 3,51 bilhões, o que proporcional individualmente ao Estado, contribuir com praticamente 42% do saldo comercial do Brasil no período. O saldo é o resultado das exportações, que somaram US$ 3,80 bilhões contra US$ 290,53 milhões em importações. 

A receita gerada com os embarques do primeiro trimestre, não apenas devolveu ao Estado um desempenho positivo da série histórica – prejudicada com os resultados negativos de 2015 em relação a 2014 – como revela crescimento de 42,9% em relação aos US$ 2,66 bilhões acumulados nos três primeiros meses de 2015. Como destaca o economista da PR Consultoria, Carlos Vitor Timo Ribeiro, além do resgate e expansão da pauta, a receita acumulada permitiu ainda mais um feito para a história do comércio internacional de Mato Grosso. “No ranking das exportações estaduais, Mato Grosso ocupa, nesse primeiro trimestre, a 3ª posição, contribuindo com 9,4% do montante total do país”, anuncia. Além do terceiro lugar, a receita do Estado é a única positiva no período, já que acima dele estão, na ordem, São Paulo e Minas Gerais, ambos com perdas anuais de 2,07% e 22,36%, respectivamente. 

“O incremento das vendas das commodities agrícolas foi o grande responsável pelos números acumulados no primeiro trimestre de 2016”, pontua Timo Ribeiro. Como explica o economista, as exportações do complexo soja totalizaram US$ 1,99 bilhão registrando crescimento de 24,1% em valor, por conta do forte aumento dos embarques físicos de soja-grão e de farelo mesmo com retração nas cotações internacionais. “No período, respondemos por 37% do total dos embarques de soja-grão do país, por 45% do farelo, por 9,7% do óleo de soja, por 29% da glicerina e por 39,8% do volume exportado de farinha e pellets de soja, indicadores que mostram bem a importância dessa cadeia industrial instalada aqui no Estado”. 

As vendas de milho totalizaram US$ 1,18 bilhão, um aumento em valor de 113%, mesmo tendo retração de 10,7% no preço externo, compensado pelo aumento de 139% no volume físico exportado, que já superam 14 milhões de toneladas, “influenciado provavelmente pelo bom momento do câmbio”, destaca. 

As vendas de algodão também dispararam registrando aumentos de 60% em valor e de 70% nos embarques físicos, apesar da queda de 6% no preço internacional. “Nesse ano, estamos respondendo por praticamente 60% das vendas físicas de milho e de algodão do país, o que também nos credencia como importante player do agronegócio nacional”. 

MARIANNA PERES
Editoria Diário de Cuiabá