O Autismo é uma doença que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças, e nos últimos anos o número de pessoas com TEA tem crescido em cerca de dois milhões no Brasil, a Equoterapia é um dos tratamentos muito utilizado na atualidade, devido aos estímulos produzidos pelos movimentos do cavalo, pois sua marcha é bem semelhante ao do ser humano.
O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é feito independente dos quocientes de inteligência, salienta que “25% da população autista têm pelo menos o nível normal de inteligência, essa média [...] resultou no uso de termos, por algumas pessoas, “como autismo de baixo funcionamento e autismo de alto funcionamento”. Portanto, as crianças autistas com retardo mental possuem um autismo de baixo funcionamento e aquelas sem retardo mental, referem-se ao autismo de alto funcionamento.
O portador de autismo pode apresentar hiperfoco ou hiperreatividade aos sons, bem como a outros estímulos sensoriais. O fato pode afetar a percepção, havendo dificuldade na diferenciação e interpretação dos sons ouvidos, por exemplo, sons inofensivos podem ser interpretados como perigosos e gerar comportamentos de fuga.
Porém, pessoas com autismo possuem maior sensibilidade para diferenciar notas musicais, timbres ou identificar a voz. É muito comum a presença de ouvido absoluto nessa população, ou seja, a capacidade de ouvir um som e saber dizer qual a sua frequência. Em virtude das características peculiares do autismo e da complexidade clínica, os indivíduos autistas merecem ser avaliados de forma criteriosa, o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é clínico e, portanto, tem seu alicerce na observação dos comportamentos do paciente, considerando consensos científicos.
O processo da musicoterapia deve ser acompanhado de adaptações do conteúdo, organização e poucos adornos na sala, utilização de agendas visuais, associação com cores e sempre buscar material de apoio visual ou simplificado. Dentro do espectro as características são individuais e variáveis, por isso cada autista deve ser tratado de forma individual e específica de acordo com suas as necessidades priorizando sempre a qualidade de vida da criança.
*Eurides Martins de Freitas é pedagoga e atua como TDI na Creche Macaria Militona de Santana, em Cuiabá-MT.
Da Assessoria