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ARTIGO - Vestir o branco é para os fortes

*Por Giulianna Altimari*

Vestir o branco não é tão simples quanto parece. São muitos os preconceitos e racismo religioso, são muitas cobranças, disciplina, dedicação, temos que abrir mão de muitas coisas, somos testados de todas as formas, somos acusados de muitas coisas indevidas...

Usar o branco é para os fortes, é para quem deseja um mundo melhor para si e para o outro sem esperar nada em troca.É se dedicar mesmo quando a ingratidão grita em seus ouvidos para que você desista, é acreditar no impossível, é acreditar que tudo vale a pena mesmo quando a vaidade do outro começa a competir com você esquecendo que cada um é único e essa vaidade quer tampar seus olhos para que você veja somente o que dói e não o que é luz.

Vestir o branco é brigar com nossas emoções e administrar a emoção do outro que ainda não entendeu que vestir o branco não é um espetáculo de cadeiras marcadas e sim um lugar de acolhimento para nos ensinar a sermos pessoas melhores, administrar nossas emoções e energias para termos uma vida feliz.

O terreiro é o hospital da alma e esse hospital não combina com vaidade, arrogância, concorrência, fofoca, mimimi, egos alterados entre outras emoções doentes que precisam de cura. Estar no terreiro vestir o branco e continuar sendo o mesmo é sinal que não se aprendeu nada que o branco tem para lhe ensinar. Enfrentar nossas emoções, medos, dores no axé nos traz a sensação que somos muito mais que possamos imaginar.

E quando você olha e vê tudo que a Umbanda despertou em você a única sensação que resta é de gratidão, sensação que cada sacrifício valeu a pena, que os preconceituosos estão apenas desorientados, que as fofocas são para os fracos que não conseguiram entender o propósito do branco e que a caridade vai muito além do que podemos imaginar.Saravá, Axé, Mojuba. Giulianna Altimari – mãe de santo do terreiro São Francisco de Assis /Santa Sara Kali e colaboradora do Terreiro Nossa Senhora do Carmo.

*Giulianna Altimari é psicoterapeuta holística, taróloga e sacerdotisa de Umbanda. Contato (65) 99641-0281. Revisão do artigo: Dr Dionildo Campos, advogado e sacerdote de Umbanda.