Hospitais que atendem pelo SUS devem informar aos cidadãos


Wagner Ramos quer essa condição explícita nas instituições, em letreiros visíveis ao público, para inibir ação desrespeitosa de algumas instituições de saúde.

O famoso termo “pacotinho” – infiltrado no dia-dia dos hospitais de Mato Grosso para influenciar familiares e, até mesmo, pacientes a pagarem consultas, exames e cirurgias por meio de planos de saúde particulares – será um dos principais focos do deputado Wagner Ramos (PR), a partir de agora.
Projeto de lei de sua autoria, que obriga os hospitais públicos e privados do Estado a exibirem em locais visíveis o termo: “Temos convênio com o Sistema Único de Saúde”, começa a ser apreciado pelas comissões permanentes da Assembléia Legislativa.

“Alguns hospitais não informam possuir contrato com o SUS para tentar influenciar pacientes e seus familiares a serem atendidos pelo sistema particular via os famosos ‘pacotinhos’, que teriam preços mais acessíveis”, afirmou o deputado.
Ele explicou que essa foi a maneira que encontrou para inibir a ação desrespeitosa das instituições de saúde que agem assim com pacientes e seus familiares. “Agora, todos terão que exibir a informação sobre o convênio e não mais a do ‘pacotinho’ referente a planos particulares”, disse Wagner.

Com a aprovação do projeto, hospitais e casas de saúde conveniados com o SUS ficarão obrigados a orientar os pacientes que têm preferência pelo atendimento médico feito por meio do sistema. O letreiro com a informação, por sua vez, terá de ser luminoso para visualização à noite.
Ramos prevê que sua iniciativa vai acabar com a prática que – ao contrário de beneficiar o público em geral – onera a classe menos favorecida. “A aprovação desse projeto, na Assembléia, e sua sanção pelo governo também serão uma forma de ampliar a garantia dos direitos dos cidadãos”, concluiu Wagner Ramos.

SID CARNEIRO/FERNANDO LEAL
Secretaria de Comunicação