Situação busca reaproximar PP do grupo

Sobrou para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller (PMDB), a missão de tentar reaproximar seu antigo partido, o PP, da base aliada ao governo Silval Barbosa (PMDB). Após participar do Dia de Campo em Castanheira, evento que acompanha desde a primeira edição, Geller, que encontrou-se com diversas lideranças partidárias, conversou com o presidente do diretório regional do PP, deputado estadual Ezequiel Fonseca, juntamente com o pré-candidato a governador, o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB).

No entanto, o ministro ressalta que não entrou na discussão político-eleitoral, por estar muito ocupado com os desafios do Mapa, que anuncia na próxima segunda-feira (19) o Plano Safra 2014. Para Julier, contudo, trata-se de um momento importante. A ele, o parlamentar progressista, que reuniu-se na noite anterior com o pré-candidato a governador pela oposição, senador Pedro Taques (PDT), garantiu que não há acordo fechado.’Ezequiel me disse claramente que ainda está dialogando’, afirmou o ex-magistrado. 

Na próxima semana, a conversa entre os partidos da base com o PP deve ser retomada. A tendência é que o diálogo se estenda até as vésperas das convenções partidárias. Uma das condições impostas pelos progressistas à pretensa chapa de oposição encabeçada pelo pedetista, seria a garantia de poder apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), cujo palanque será oferecido pela candidatura da base aliada. 

Apesar da aceitação dos nomes propostos pelo PP, que incluem representantes expressivos do agronegócio, como o presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro e o megaempresario Eraí Maggi, as condicionantes impostas pela sigla podem levá-la ao mesmo destino do PR, cujas exigências acabou
por afastar a legenda do projeto oposicionista. Ainda, a dificuldade do partido em apoiar a reeleição de Dilma afasta os nomes, já que ambos possuem relação harmoniosa e estreita com o governo federal.

Sissy Cambuim, jornal A Gazeta