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Força-tarefa emite nota contra "publicações maldosas e inverídicas"

Procuradores da República manifestaram apoio à colega Vanessa Scarmagnani

Os procuradores da República que atuam na força-tarefa montada para atuar na Operação Ararath, que investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, emitiram uma nota de apoio à também procuradora Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani.

Sem citar nomes de veículos de comunicação, os membros do Ministério Público Federal (MPF) afirmam "repudiar publicações maldosas e inverídicas", que teriam objetivo de "denegrir a imagem da procuradora e sua família".

"Chega a ser, a um só tempo, leviano – pelo juízo de valor empregado – e ingênuo – pela conclusão adotada – afirmar que a Operação Ararath visou beneficiar uma determinada empresa, em detrimento de suas concorrentes, para satisfazer um interesse particular", dizem os procuradores Gustavo Pessanha Velloso, Denise Nunes Rocha Muller Slhessarenko, Ronaldo Pinheiro de Queiroz e Rodrio Leite Prado.

Nesta quarta-feira (16), o site Olhar Direto publicou uma reportagem exclusiva que mostrou que o marido de Vanessa atua no ramo de factoring (leia AQUI). A reportagem não faz juízo de valores, insinuações ou ataques à procuradora.

Em recente visita à Cuiabá, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também reiterou apoio à procuradora. Ele comunicou, em entrevista coletiva, que Vanessa está sob proteção policial por ter sido ameaçada em sua integridade física.

Confira a íntegra da nota:

"Comunicado à imprensa sobre a Operação Ararath

O Ministério Público Federal, por meio da força-tarefa designada para atuar no caso que ficou conhecido como Operação Ararath, vem a público manifestar total e irrestrito apoio à procuradora da República Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, ao mesmo tempo em que repudia publicações maldosas e inverídicas visando a denegrir a imagem da procuradora e de sua família.

A Operação Ararath, produto de uma atuação conjunta envolvendo o Supremo Tribunal Federal, a Justiça Federal, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, instituições de alta credibilidade na nossa República, teve por objetivo desbaratar uma organização criminosa que praticava crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro no Estado de Mato Grosso.

O foco da investigação deu-se contra pessoas e empresas, qualquer que fosse a sua origem ou condição, que estivesse agindo como instituição financeira sem autorização do Banco Central e, nesse cenário, facilitando a lavagem de ativos de origem ilícita, cujo dinheiro circularia num sistema financeiro paralelo sem controle e fiscalização.

A investigação não fez – e nem poderia fazer – qualquer seleção de empresas ou de setor econômico, pois a Lei 7.492/86 veda e define como crime a realização de empréstimo, sem a devida autorização, operado por qualquer pessoa física ou jurídica, não importando que seja, por exemplo, factoring, posto de combustível, supermercado ou qualquer outro tipo de empresa e atividade econômica.

Chega a ser, a um só tempo, leviano – pelo juízo de valor empregado – e ingênuo – pela conclusão adotada – afirmar que a Operação Ararath visou beneficiar uma determinada empresa, em detrimento de suas concorrentes, para satisfazer um interesse particular.

Tal afirmação despropositada desconsidera que o presente caso passou pela apreciação da mais alta Corte de Justiça do país (STF) e pela Justiça Federal em Mato Grosso, as quais não reconheceram, em nenhum instante, qualquer mácula na atuação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

Por fim, a força-tarefa criada pela Procuradoria-Geral da República, formada por procuradores com especialidades e origens diversas, para auxiliar o trabalho realizado pela Procuradoria da República no Mato Grosso, não se prestaria a atuar em casos em que houvesse qualquer desvio de finalidade. A realidade constatada pela força-tarefa após mais de um mês de intenso trabalho sobre o Caso Ararath é a de uma atuação séria, responsável, imparcial, desenvolvida em nível de excelência, cujas robustas provas já encontradas pode causar algum ato de desespero e de tentativa infrutífera de retaliação contra aqueles que visam a garantir o cumprimento da lei."

GUSTAVO PESSANHA VELLOSO
Procurador Regional da República
Coordenador da Força-tarefa

DENISE NUNES ROCHA MÜLLER SLHESSARENKO
Procuradora da República

RONALDO PINHEIRO DE QUEIROZ
Procurador da República

RODRIGO LEITE PRADO
Procurador da República

Fonte: Redação Mídia News