LISTA TRÍPLICE - Taques diz ter autonomia para escolha

O atual procurador-geral do Estado, Paulo Prado, Vinicius Gahyva e Edmilson Pereira compõem a lista de indicação feita pelo Ministério Público

O governador Pedro Taques (PDT) saiu pela tangente ao ser questionado sobre compromisso de nomear o primeiro colocado da lista tríplice para a escolha do procurador-geral de justiça (PGJ) que comandará o Ministério Público Estadual (MPE) pelos próximos anos. 

Para ele, os três indicados têm os mesmo direitos e por isso optou por ouvi-los antes de tomar qualquer decisão. 

Apesar de já ter conversado com os três, Taques ressaltou que ainda não decidiu quem irá nomear e pode esperar até o último dia para fazer a escolha. 

Ele tem até o dia 17 para fazer a indicação, levando em conta que ele recebeu a lista no dia 2 e tem até 15 dias para fazer a nomeação, conforme a legislação vigente. 

“Isto é uma defesa que muitos fazem (sobre a indicação do primeiro colocado), mas o governador tem oportunidade e conveniência para decidir. Se a Constituição estabelece três nomes, o legislador constituinte deu ao governador a oportunidade de escolher quem ele quiser, mas não formei minha convicção sobre aquele que será escolhido. Por isso, vou analisar com calma e definir com tranquilidade”, afirmou. 

Sobre as conversas que teve com os candidatos, Taques apenas classificou como “produtivas” e disse que precisa respeitar todos, mesmo aquele que teve um voto apenas. 

O diálogo foi pautado sobre como os indicados enxergam o Ministério Público e ainda sobre o que acham do momento histórico por que passa o Brasil. 

O primeiro colocado da lista tríplice é o procurador Paulo Prado, que disputa a reeleição. 

Além disso, ele já comandou a Procuradoria Geral de Justiça por outros dois mandatos, além de ter feito seu sucessor, Marcelo Ferra. Com isso, o grupo dele está há mais de 10 anos no comando da instituição. 

Apesar de ter tido 147 votos dos 213 votantes, Prado pode ser preterido pelos outros colocados da lista devido à sua imagem desgastada na gestão do MP e por sua forte ligação com os governadores anteriores Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB). Ele ainda teve o nome envolvido na operação Ararath e o relatório da corregedoria do MP contra o promotor Marcos Regenold compromete o procurador. 

A nomeação de Prado também pode chocar com o discurso de mudança que o chefe do Executivo vem adotando para pautar suas ações. 

Por outro lado, o segundo colocado Vinicius Gahyva possui estreitos laços de família com Pedro Taques. O irmão do promotor é sócio da primeira-dama, Samira Martins, em um escritório de advocacia. Sendo assim, Edmilson da Costa Pereira, terceiro colocado, pode acabar levando vantagem nesta disputa. 

Fonte: ALLINE MARQUES
Da Reportagem Diário de Cuiabá