O deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (14), para “puxar a orelha” dos colegas que faltam às sessões ordinárias. Revoltado com a demora para apreciar projetos importantes e vetos do governador, pois não há quórum suficiente para isso, ele cobrou que haja corte de ponto dos deputados e lembrou que mais de dois terços de faltas podem levar à perda do mandato.
“Com todo o respeito que tenho aos meus pares, quero puxar a orelha dos deputados que na terça, quarta e quinta-feira têm obrigação de comparecer à sessão para trabalhar e não o fazem. Eu queria que valesse o que está escrito no regimento interno. Que seja cortado o ponto do deputado que não vem para a sessão. Dos R$ 25 mil reais de salário, desconta R$ 1 mil ou R$ 2 mil por sessão. Quero ver se deputado vai continuar faltando sessão. É inadmissível. E quem não comparece a um terço das sessões, o Ministério Público tem legitimidade de pedir o mandato. O deputado perde o mandato”, disparou.
Das quatro sessões realizadas esta semana, duas não tiveram quórum suficiente para votar projetos de lei: a de quarta-feira (13) à noite e a de quinta-feira (14) pela manhã. A da noite de quarta – coincidência ou não, no mesmo dia de jogos decisivos na Libertadores da América e na Copa do Brasil – foi suspensa tão logo iniciou.
“Não é possível que a sociedade de Mato Grosso tenha que ficar refém de pessoas que não tenham comprometimento. Temos um monte de veto para votar, coisas importantes para resolver e simplesmente os deputados não vêm para a sessão. Nós estamos aqui nas considerações finais porque não temos quórum suficiente para votar vetos e projetos relevantes. Todos nós temos compromissos fora daqui. Ontem mesmo foi aniversário de um monte de cidade que eu fui o mais votado e eu não fui porque tinha o compromisso da sessão”, desabafou.
Na mesma toada, o líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB), apresentou um projeto de lei prevendo o corte da verba indenizatória, no valor de R$ 65 mil, para os deputados que faltarem a mais de 70% das sessões ordinárias no mês.
Fonte: Laíse Lucatelli - Redação Olhar Direto
