David Moura, que fará 28 anos agora em agosto, superou com muita facilidade o adversário; contusão de brasileiro possibilitou ida a Toronto
Com um ippon aos 13 segundos de luta, o cuiabano David Moura venceu ontem à noite o equatoriano Freddy Figueroa e ficou com a medalha de ouro no judô, categoria acima dos 100 quilos, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. É uma conquista histórica para o esporte mato-grossense.
O resultado não chegou a surpreender, já que o cuiabano é um dos melhores do mundo em sua categoria. O que chamou a atenção foi a velocidade com que ele obteve o resultado.
Logo que iniciou o combate, Moura encaixou uma pegada no adversário e, imediatamente, jogou-o no chão. Ainda houve uma dúvida se se tratava ou não do golpe perfeito, o que acabou se confirmando.
David Moura Pereira da Silva nasceu em 24 de agosto de 1987 em Cuiabá. Canhoto, ele tem grande experiência em competições internacionais, tendo sido Ouro no Pan-Americano de Judô em Edmonton, no Canadá, este ano.
Também foi prata no Grand Slam de Paris no ano passado, além de ter conquistado o bronze na Universíade, a competição olímpica que envolve estudantes universitários. Em 2012, ele ganhou o ouro na Copa do Mundo de San Salvador. A medalha de ouro de ontem não lhe garante passagem para a Olimpíada do Rio de Janeiro no ano que vem. Para estar no evento, seu grande sonho, ele terá que passar por uma seletiva.
O mato-grossense conseguiu passaporte para o Pan-Americano graças a contusão de Rafael Silva, que teve um problema no tendão.
David Moura tem 130 quilos e 1,92 metro de altura. Sua técnica preferida é o yoko-tomoe-nague. Essa é uma técnica de sacrifício, em que o judoca sacrifica sua posição de domínio, caindo no chão, porém usando seu movimento de queda para puxar o oponente e projetá-lo lateralmente.
GINÁSTICA
Ontem foi um dia de conquistas para o Brasil. O ginasta Arthur Zanetti confirmou o favoritismo e conquistou ontem a medalha de ouro nas argolas pelos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O atleta brasileiro havia sido prata em Guadalajara 2011 na mesma prova, um ano antes de ter sido campeão olímpico em Londres.
Com uma prata por equipes no Canadá, Zanetti foi o último a se apresentar nas argolas precisando de no mínimo 15,525 para superar o então líder, o americano Donnie Whittenburg. Mesmo com a pressão, o brasileiro, melhor na fase de classificação, levantou a torcida no Coliseu de Toronto e foi campeão ao somar 15,725 em sua performance.
Essa foi a primeira medalha de ouro do Brasil na ginástica em Toronto. O País foi prata por equipes no masculino, bronze na mesma prova do feminino e ficou em terceiro com Flavia Saraiva no individual geral.
Após a conquista, Zanetti, de 25 anos, ganha fôlego para a preparação para o Mundial de Ginástica de Glasgow, marcado para 23 de outubro a 1 de novembro, quando tentará recuperar a sua supremacia na prova após ter sido vice-campeão no ano passado.
Fonte: Reportagem Diário de Cuiabá
