MT exibe 3ª menor taxa de desocupação

Desemprego recuou 1,9 p.p. na comparação entre os dados do segundo trimestre desse ano ante os do primeiro, ao passar de 10,5% para 8,6% 

Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%) são os estados brasileiros que apresentaram as menores taxas de desocupação no segundo trimestre desse ano, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulga ontem pelo IBGE. No mesmo período, o percentual de desempregos no país, fechou em 13%, ante 13,7% na comparação com o trimestre anterior. 

No período de janeiro, fevereiro e março, a massa de desempregados em Mato Grosso atingiu 10,5%. Já no momento seguinte, entre abril, maio e junho, o número de desempregados recuou, passando a 8,6%, oi 1,9 ponto percentual (p.p). Já na comparação com o mesmo acumulado do ano passado, a retração é um pouco maior, pois a taxa de desocupação naquele momento foi de 9,8%, a maior já registra nesse intervalo no Estado, conforme a série histórica do IBGE, desde 2014. A taxa de 10,5%, apurada no primeiro trimestre de 2017, foi a mais alta da série, no Estado. 

Além de ser destaque no mercado de trabalho do país, a taxa de desocupação apontada pelo IBGE em Mato Grosso é a menor entre os estados do Centro-Oeste, mesmo com todos eles apresentando recuo no estoque de desempregados. O Distrito Federal registrou taxa de 13,1%, a maior regional, seguido por Goiás, com 11%, Mato Grosso do Sul, 8,9% e Mato Grosso, 8,6%. 

A Pesquisa do IBGE mostra que mesmo em desaceleração, o volume de desempregados no Estado somava até junho deste ano, um contingente estimado em 142 mil pessoas, sendo 30 mil a menos em comparação com o trimestre anterior, ou seja, uma queda real de 17,3%. 

A migração do grupo de pessoas desempregadas, os 30 mil, ampliou a base do indicador que afere a ‘População Ocupada’, que segundo a PNAD, aumentou em 38 mil, na comparação com o primeiro trimestre do ano. 

A pesquisa mostra também, que entre os empregados no setor privado, cerca de 557 mil pessoas estejam trabalhando com carteira assinada, e outros, 168 mil, sem carteira assinada. Ambas as estimativas não sofreram variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior. 

O indicador ‘Rendimento Médio Real Habitual de Todos os Trabalhos’, fechou o junho estimado em R$ 2.068, valor que segundo o IBGE não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior. 

Ainda em relação ao rendimento médio, nenhum estado da região apresentou avanço nos valores pagos aos trabalhadores. No ranking dos ganhos, o Distrito Federal fica com a maior média, R$ 3.726, seguido por Mato Grosso do Sul, R$ 2.134, Mato Grosso, R$ 2.068 e por último, Goiás, com média de R$ 1.979. 

PANORAMA - No 2º trimestre de 2017, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em 13%, com retração em todas as grandes regiões, exceto Nordeste (estabilidade), com destaque para a região Norte (de 14,2% para 12,5%) e Centro-Oeste (de 12% para 10,6%). As outras taxas foram: Nordeste (de 16,3% para 15,8%), Sudeste (de 14,2% para 13,6%) e Sul (de 9,3% para 8,4%). 

Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação no 2º trimestre frente ao trimestre anterior. Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8% e em Alagoas, de 17,5% para 17,8%, nessa comparação. 

Tanto o rendimento médio real (R$ 2.104) de todos os trabalhos quanto a massa de rendimento médio real (R$ 185,1 bilhões) ficaram estáveis no 2º trimestre de 2017. 

MARIANNA PERES
Da Editoria Diário de Cuiabá