Novas medidas de combate à Covid-19 serão anunciadas na terça-feira

Durante a audiência de conciliação, Pinheiro defendeu a unificação das ações de combate ao coronavírus das prefeituras da Capital e da vizinha Várzea Grande e do Governo do Estado

Um novo decreto com a definição das medidas de combate ao novo coronavírus, causador da Covid-19, serão anunciadas na próxima terça-feira (23) pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. As medidas serão as mesmas na Capital e em Várzea Grande, conforme acordado em reunião nesta sexta-feira (19). “Esse foi o ponto altamente positivo da reunião. De comum acordo, dialogando com o Estado, Cuiabá e Várzea Grande vão apresentar uma proposta só de algumas medidas que Cuiabá já iria tomar e que Várzea Grande já iria tomar, mas vamos discutir, vamos sentar mesa a mesa, sentar com o Estado que tem que coordenar esse trabalho”, disse.

Durante a audiência de conciliação ocorrida na tarde desta sexta-feira (19), na Vara Estadual Especializada em Saúde, no Fórum de Várzea Grande, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro defendeu a unificação das ações de combate ao coronavírus das prefeituras da Capital e da vizinha Várzea Grande e do Governo do Estado, o que foi consenso com os outros poderes. “Precisamos todos nos unir porque o que está em jogo é a saúde e a vida das pessoas, o que é prioridade para nós. Juntos, vamos apresentar propostas que possam dar mais segurança, estabilidade e esperança à população. Esse é o verdadeiro papel do gestor”, afirmou o prefeito.

Dessa forma, ficou definido que até a próxima segunda-feira (22), haverá a edição de um decreto com as medidas que forem alinhadas. Até lá, as equipes das Secretarias de Saúde dos dois Municípios e do Estado e respectivos chefes do Executivo estarão em diálogo. 

Antes da audiência de conciliação, o prefeito Emanuel Pinheiro havia dito que avalia antecipar o horário do toque de recolher na Capital – que neste sábado (20) completa uma semana – para 19h ou 20 horas até o próximo dia 28, quando termina a validade da medida instituída pelo Decreto nº 7.956. A decisão vai depender do resultado das fiscalizações realizadas diariamente, das 22h30 às 5 horas, pela equipe da Secretaria Municipal de Ordem Pública. A audiência de conciliação foi convocada pelo juiz José Luiz Lindote, após o Ministério Público Estadual (MPE) ingressar com liminar pedindo a adoção de medidas necessárias de restrição de circulação de pessoas na região metropolitana, devido à alta taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Conforme Pinheiro, até o momento, o toque de recolher tem ocorrido de forma satisfatória, graças a população que tem colaborado. No entanto, ele reconhece que ainda há pessoas que se expõem ao risco de infecção pelo novo coronavírus, participando de festas, o que pode levá-lo a decretar na Capital uma “Lei Seca”, a exemplo do que ocorreu no município de Rondonópolis. “Um momento em que a capacidade de proliferação do vírus é bastante alimentada é no período do lazer, da farra, do álcool, do contato físico, então, isso tem sido um obstáculo muito grande”, afirma.

O prefeito adianta que neste momento de pandemia “tudo é possível” e que não descarta nenhuma possibilidade, nem mesmo a restrição de circulação de pessoas, caso seja este o instrumento necessário para proteger a saúde e a vida das pessoas. “Quero fazer tudo com o menor impacto possível, com o menor trauma possível na vida das pessoas, na vida da população cuiabana. Ir ajustando aqui e acolá e ir conscientizando cada vez mais a população porque é fundamental o apoio de todos”, salientou.

A respeito de contar com a colaboração de todos, o secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, destacou a preocupação com as cidades do interior do estado, cujos residentes ocupam hoje quase 60% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Covid-19, no Hospital São Benedito. “Enquanto Cuiabá e Várzea Grande estavam fazendo o dever de casa desde o início, já dando um sacrifício à população e ao setor econômico, algumas cidades ficaram liberadas. Essas cidades hoje estão ocasionando para Cuiabá e para a Grande Cuiabá toda essa lotação, toda essa saturação do sistema das UTIs”, pontua. 

Fonte: CELLY SILVA - Assessoria de Imprensa