O médico urologista Dalvani Dorn, que atua no Hospital São Mateus, em Cuiabá, identifica as quatro frases mais ouvidas nos consultórios ditas por homens que realizam o exame preventivo ou após constatar a doença:
- “Ah, se mexer no câncer piora” – Dorn desmistifica esse pensamento e afirma que o diagnóstico precoce aumenta em 90% as chances de cura. “Mesmo em casos avançados existem tratamentos com melhora dos sintomas e da sobrevida”;
- “Se operar vai ficar impotente”- O especialista explica que com o diagnóstico precoce a chance de manter a potência sexual é muito grande;
- “Não estou sentindo nada, não preciso fazer o exame de toque retal“- Neste caso, o risco, segundo Dorn, é que na fase inicial praticamente todos os casos são assintomáticos e nesse momento a chance de cura gira em torno de 90%; Quem evita o exame nesta fase pode correr o risco que sofrer efeitos mais severos da doença.
- “O exame é doloroso”- a frase tem sido repetida como um senso comum entre os homens que desconhecem o exame do toque. Mas o médico enfatiza: “o exame não dói e é muito rápido”.
Como se prevenir?
Dorn explica que o exame não previne o câncer de próstata, mas permite fazer o diagnóstico precoce e aumenta muito a chance de cura.
“A prevenção em si é a manutenção de uma vida saudável, que é uma recomendação não apenas para dificultar a existência do câncer de próstata como a vários tipos de doenças. Por isso, sempre é válido reforçar a importância de hábitos saudáveis como atividades físicas e alimentação”, ressalta o médico.
Quem deve fazer o exame?
Dalvani Dorn explica que o exame de próstata deve ser realizado por homens com fatores de risco – que são aqueles com histórico familiar, obesos e homens negros – com 45 anos e os demais homens a partir dos 50 anos.
Em relação aos homens negros, os estudos existentes ainda não identificaram a causa do porque este grupo possui maior risco em relação ao câncer de próstata, mas o que se sabe é que esse risco chega a ser três vezes maior de incidência e gravidade do que nos demais grupos.
Fonte: Assessoria