A psicopedagoga Ivete Barros, que dirige o Educandário Jardim das Goiabeiras, em Cuiabá, avalia que esse período de retomada das aulas presenciais será de transição e de readequação para muitos alunos que ficaram os últimos dois anos no sistema online.
“A readaptação à sala de aula precisa acontecer por meio da psicopedagogia afetiva, com métodos de ensino inovadores e onde os alunos vão se deparar com os desafios da nova realidade no pós-pandemia”, explica Ivete.
A especialista argumenta que algumas medidas de biossegurança para combater o coronavírus já fazem parte da nova rotina. “Lavar as mãos, higienização frequente dos ambientes e o constante cuidado com a educação para as práticas de saúde estão no enredo da psicopedagogia afetiva. Quando as crianças e os adolescentes aprendem a se proteger com medidas de higiene, estão praticando o autocuidado e aprendendo a valorizar também a vida dos coleguinhas”, reforça.
Outro ponto que Ivete destaca ser importante é a própria estrutura do ambiente escolar. “Quando um aluno vai à escola, psicologicamente ele se prepara para os desafios do processo de aprendizagem e também para o convívio com os colegas e os professores. Esse convívio presencial o estimula ao desenvolvimento de habilidades que são fundamentais para a sua formação enquanto pessoa, por exemplo, o senso de responsabilidade, o sentido de pertencimento, a importância de cumprir deveres”.
Ivete afirma que essa sedimentação dos valores quando acontece em um ambiente escolar seguro, disciplinado, ao mesmo tempo que possui a psicopedagogia afetiva fomenta resultados perenes para a formação do indivíduo.
Fonte: Redação ZF Press
