SAÚDE - Medidas preventivas servem para covid e gripe por influenza, orienta pneumologista

Com o aumento dos casos de covid, provocados pela variante ômicron, a recomendação é intensificar os cuidados e retomar todas as medidas preventivas que foram relaxadas nos últimos meses, quando a pandemia havia recuado. Não bastasse isso, os casos de gripe por influenza têm aumentado significativamente nas últimas semanas.

A médica pneumologista Karla Moura, que atende no Hospital São Mateus, em Cuiabá, explica que ações como isolamento para quem estiver com sintomas, quarentena se contato com caso confirmado, uso de máscaras efetivas, evitar aglomerações, lavagem das mãos e vacinação servem tanto para a prevenção à covid, como para a gripe provocada pelo vírus influenza e suas variantes.

A médica explica que ambos os vírus, tanto o Sars-Cov-2 e suas variantes e o vírus Influenza A e B, penetram no organismo, principalmente, pelo nariz e boca através do contato de secreções de pessoas infectadas, como espirros, tosse e fala.

“Após entrar no nariz, os vírus podem se espalhar para os seios da face, garganta e em alguns casos até nos brônquios e pulmões causando uma reação inflamatória no aparelho respiratório”, detalha.

Karla Moura ressalta que não é possível dar um diagnóstico apenas por sintomas, já que são muito semelhantes tanto para a covid quanto para a gripe, e podem variar em cada pessoa, razão pela qual é importante a realização de exames específicos que vão identificar qual é o vírus que está causando a infecção.

Contudo, é possível identificar algumas diferenças. “Na covid os sintomas iniciais de obstrução e coriza nasal, dor de garganta, dor de cabeça associado a febre ou não. A alteração do olfato ou paladar podem ocorrer de forma mais frequentes e se deve ter mais atenção aos sintomas de piora que podem ocorrer a partir do quinto ou sétimo dia”.

Já em relação à gripe por influenza, a especialista aponta que os sintomas acontecem de forma rápida e inesperada com maior frequência de febre que pode ser alta (acima de 39 graus) associada a dor no corpo, cabeça e garganta. “Esses sintomas deixam o paciente prostrado e de cama. Ocorrem também os clássicos sintomas respiratórios como tosse, espirros e coriza. As complicações podem ocorrer de forma mais precoce em torno de três dias”.

Karla Moura enfatiza que é possível a ocorrência de coinfecção dos dois vírus simultaneamente, o que tem sido chamado de “flurona”.“A coinfecção é um fenômeno já conhecido. A proporção de casos de flurona são menores em relação a infecção de um vírus somente, mas passível de acontecer quando temos alta transmissão sem os cuidados de prevenção”.

A médica chama atenção para a possibilidade de uma pessoa com coinfecção, principalmente, as do grupo de risco, sofrer com maior intensidade de sintomas e, com isso, ter mais chances de gravidade.

“Ainda assim, é cedo para afirmar sobre a gravidade dos casos, uma vez que não são a maioria e também é difícil falar sobre potenciais sequelas, pois precisamos de mais tempo para monitorar estes casos”.

Fonte: Redação ZF Press