O Brasil é um país em desenvolvimento que tem demonstrado melhoria em alguns índices de avaliação das condições sociais, políticas e econômicas do país. O discurso da inclusão vem sendo utilizado pelo governo brasileiro não só pelas características que o país apresenta de grande desigualdade social, mas como medidas paliativas e compensatórios, com a finalidade de minimizar o processo de exclusão social. Não é de hoje que a inclusão é palavra de ordem e bandeira de discursos de diversos órgãos e esferas, tanto no contexto social como educacional. Quando se fala de inclusão na escola regular de ensino, estamos falando da educação das diferenças, de todas as formas e de todos os tipos de diferenças.
Estar incluído deveria ser poder desfrutar dos benefícios que eram estendidos a toda a população, porém não é isso que ocorre nos dias de hoje. A inclusão no Brasil passou de um foco excludente para uma visão inclusiva de todos. Em outras palavras, são visíveis na história as práticas de exclusão daqueles que eram ignorados pelo poder público e sociedade.
O processo de inclusão significa a expansão da inclusão de sujeitos no circuito de membros plenos da sociedade, aonde no tocante à participação na vida coletiva de proporcionar igual oportunidade a todas as pessoas. A despeito de todas as diferenças, ambos tiveram em mente o mesmo ideal de uma sociedade em que as conquistas universalistas da igualdade e do individualismo se sedimentaram a tal ponto em padrões de interação que todos os sujeitos encontram reconhecimento como pessoas ao mesmo tempo autônomas e individuadas, equiparadas e, no entanto, particulares.
Ressalta-se que todos são capazes de aprender e criar outras condições e vida para si, a partir do momento que seus interesses são mobilizados, e de que podem se sair melhor a partir da inclusão, gera frentes de ações estatais e não estatais que elevam a inclusão a um imperativo de Estado. Desse modo, os processos inclusivos não devem priorizar somente a participação desses indivíduos em sala de aula. Mas, sobretudo, oportunizar a aprendizagem destes mesmos alunos, pois a escola tem um compromisso com o desenvolvimento dos sujeitos. Nos processos inclusivos vinculados a esses princípios, reside uma grande preocupação com a construção de materiais e a implementação de metodologias de ensino que venham a produzir uma aprendizagem individualizada, levando em consideração as necessidades específicas dos sujeitos, suas potencialidades e desafios. Porém, grande parte das discussões realizadas é centrada nas metodologias de ensino. A inclusão é tomada como algo natural, como se ela estivesse, desde sempre, aí no mundo.
*Dalça de Souza Pereira, é Bióloga de formação, pós graduada em Educação Ambiental meio ambiente cursa o último semestre de pedagogia.