Além da promoção da ciência e do conhecimento, o INPP deve promover o desenvolvimento social calcado no uso sustentável dos recursos naturais.
O Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) ganhou, nesta quinta-feira (15.12), autonomia administrativa e financeira para promover a pesquisa e o conhecimento científico sobre o bioma. Instalado no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, o órgão é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e vai congregar pesquisadores e um banco de dados sobre o pantanal, além de atuar junto às comunidades tradicionais para a promoção do desenvolvimento sustentável.
A instalação definitiva foi apontada pela Comissão Temporária Externa do Pantanal - criada a pedido do senador Wellington Fagundes em 2020, quando o pantanal viveu uma tragédia ambiental - como essencial para viabilizar a contribuição da ciência e da tecnologia na preservação do bioma.
"Além da promoção da ciência e do conhecimento, o INPP deve promover o desenvolvimento social calcado no uso sustentável dos recursos naturais hoje disponíveis nesse bioma”, disse o senador Wellington Fagundes, presidente da Subcomissão do Pantanal, no Senado Federal.
A solenidade contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim, do ex-ministro Marcos Pontes (hoje, senador eleito por São Paulo), que vieram a convite do senador Wellington Fagundes. Também estiveram presentes: o chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, e dos reitores do IFMT (Instituto Federal de MT), Júlio César, e da Unemat (Universidade Federal de MT), Rodrigo Zanin, assim como o conselheiro do Tribunal de Contas, Sérgio Ricardo.
Segundo o ministro, o MCTI tem vários projetos de estudos e pesquisas científicas nos biomas brasileiros e o INPP será fundamental para o pantanal, que ganha agora uma instituição para identificar potencialidades e apontar caminhos para o desenvolvimento sustentável.
“O pantanal tem que ser visto como um potencial de agregação de valor da população local, para valorizar o território, mas, principalmente, para preservar de forma sustentável”, ponderou.
Segundo ele, o instituto já conta com orçamento para começar os trabalhos.
“Confio muito no papel da ciência e da tecnologia para a promoção do desenvolvimento sustentável”, disse o ex-ministro Marcos Pontes.
Tanto o governo do Estado, quanto o Tribunal de Contas já manifestaram interesse em formar parcerias com o INPP. “O pantanal é o cartão de visita de Mato Grosso. Existe uma parceria muito grande do governo e outras entidades para garantir a sua preservação”, afirmou o secretário.
“O Tribunal de Contas tem uma preocupação especial com o meio ambiente. Vamos atuar juntos”, garantiu o conselheiro Sérgio Ricardo.
De acordo com o reitor da UFMT, Evandro Soares, o instituto também deverá auxiliar, por meio das pesquisas científicas, na criação de políticas públicas para garantir a manutenção do bioma.
O professor Paulo Teixeira de Sousa Júnior, que elaborou o projeto de criação do INPP, a criação de cargos próprios simboliza autonomia administrativa e financeira e permite que o instituto possa viabilizar novas parcerias e recursos públicos e privados para subsidiar os estudos.
Da assessoria