SAÚDE - Serviços de emergência médica particulares crescem no Brasil

Atendimentos médicos e serviços de urgência em casa aumentaram cerca de 15% desde 2020

A pandemia do coronavírus foi um divisor de águas no Brasil no que se refere aos atendimentos médicos domiciliares. Conforme levantamento realizado pelo Núcleo Nacional de Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead), em 2019 mais de 290 mil pessoas passaram por algum tipo de recuperação médica em casa.

Caso não houvesse este tipo de atendimento, o censo do Nead aponta que seria preciso quase 21 mil leitos a mais no país. O número chega próximo a 5% do total de leitos já existentes e em funcionamento e seria equivalente a todos os leitos públicos e privados de um estado do tamanho de Pernambuco, por exemplo.

De acordo com o estudo, atendimentos médicos e serviços de urgência em casa cresceram cerca de 15% desde 2020. Esta ascensão não apenas reflete uma mudança nas preferências dos brasileiros, mas também destaca a busca crescente por uma resposta rápida e eficaz em situações de emergência.

“Os pacientes já sabem que quando têm uma urgência vão esperar muito em Pronto-Atendimentos e isso faz com que eles repensem, ainda que em muitos casos realmente precisem de auxílio médico. Serviços especializados e domiciliares vieram exatamente para suprirem uma demanda existente há anos e que se mostrou ainda mais evidente durante o período de pandemia”, afirma a diretora executiva da Help Vida, Mara Nasrala.

Conforme Mara em sua experiência no setor de décadas, várias razões impulsionam o crescimento do atendimento domiciliar. Uma delas é a crescente conscientização sobre a importância do tempo na resposta a emergências médicas. Muitos brasileiros optam por serviços particulares para garantir atendimento imediato, evitando a espera muitas vezes associada aos serviços de emergência tradicionais.

“Hoje, por exemplo, Cuiabá conta com o Help Já, serviço de atendimento médico presencial 24 horas ou com Orientação Médica por Telefone (OMT). Vemos um crescente no número de usuários idosos e também de crianças. São faixas etárias que precisam e têm uma possiblidade de acidentes domésticos maiores. E o que é o serviço? O usuário contrata e acontecendo algo, liga e é atendido de forma imediata. Ele pode ser atendido via OMT e, caso precise dos profissionais no local, a equipe vai com ambulância. Mas se ainda precisar de um hospital, a ambulância segue com o paciente, que já entra pela porta da urgência/emergência”, completa.

Na prática, o que serviços como este fazem é reduzir a espera em Pronto Atendimentos e acelerar a resolução de problemas de saúde. “Muitas vezes pacientes que vão até um PA podiam ter seus problemas resolvidos com uma ligação. Certamente este tipo de serviço terá um crescimento cada vez mais importante no Brasil e a tendência é que cada vez mais se popularizem e alcancem ainda mais pacientes”, finaliza.

Fonte: ZF Press