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HIPERTENSÃO ARTERIAL - Mais de 3,5 milhões de crianças e adolescentes são hipertensos no Brasil

A hipertensão arterial, ou pressão alta como é popularmente conhecida, vem crescendo entre os jovens brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Mais de 3,5 milhões de crianças e adolescentes possuem níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias, no país.

O problema de saúde tradicionalmente associado aos mais velhos, agora também se tornou preocupação entre os jovens que têm valores das pressões máxima e mínima iguais ou superior a 140/90 mmHg (ou 14 por 9).

Pesquisa recente da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revelou que 27,6% dos jovens cuiabanos afirmaram ser hipertensos. Sendo que no público masculino, com idade entre 18 e 24 anos, o percentual chega a 28,3% e no feminino, na mesma faixa etária, esse percentual é de 26,9%.

Sintomas

Em geral, a doença é silenciosa, sendo detectada, muitas vezes, quando aferida a pressão. Mas, há sinais como dor de cabeça ou tontura que podem indicar a alteração da pressão arterial.

Segundo o médico cardiologista e intensivista do Hospital São Mateus de Cuiabá, Sandro Franco, a hipertensão afeta a população de modo geral, mas quando ocorre em pessoas mais jovens costuma ser mais grave.

“O estilo de vida dos jovens tem contribuído para esse aumento do número de hipertensos em pessoas com pouco mais de 30 anos. Eles estão muito sedentários, vivem estressados, consomem muitos alimentos processados, com alta concentração de sódio e gordura. Além de não ter sono de qualidade. As consequências são obesidade, colesterol alto e diabetes, o que os torna mais propensos à hipertensão e demais doenças cardíacas”, explica o médico.

O consumo de álcool, tabaco, alta ingesta de açúcar e histórico familiar de doença cardíaca também são fatores preponderantes, conforme o médico. Ele cita, por exemplo, que quem tem pai cardiopata ou algum outro familiar que infartou, tem maior risco de sofrer um infarto, mesmo jovem.

A hipertensão é um dos principais fatores de risco para doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.

Apesar dos números alarmantes, o cardiologista alerta que há como prevenir a hipertensão.

“É preciso fazer o caminho inverso. Quer ficar longe da hipertensão? Então, adote uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, leguminosas e carne magra. E o principal, saia do sedentarismo. A atividade física ajuda tanto na prevenção como no tratamento das doenças do coração”, ensina ele.

O médico afirma que o recomendado é fazer 150 minutos de exercício aeróbico por semana, mas também fazer musculação ajuda muito. E pontua que quanto mais praticar atividades, mais o paciente terá um coração saudável.

Sexo e hipertensão

O médico afirma que é pequena a diferença entre homens e mulheres com hipertensão. No entanto, há alguns fatores que diferem os gêneros em relação à doença.

“A jovem que faz uso de pílula anticoncepcional regularmente tem risco de desenvolver hipertensão por causa dos hormônios da medicação. Por outro lado, os rapazes que usam anabolizantes ou outras drogas para aumentar a massa muscular também podem desenvolver hipertensão. Contudo, independente do sexo ou idade da pessoa, o ideal é prevenir a doença e em caso de oscilação da pressão procurar um médico para avaliação”, frisa ele.

Para marcar uma consulta com o Dr. Sandro Franco, basta entrar em contato com o Centro Integrado de Cardiologia (Cecord) do Hospital São Mateus pelos números: (65) 3642-3939 / 98134-2584.

Fonte: ZF Press