A cena marcou o segundo turno da eleição a prefeito de Cuiabá em 2008. O então candidato à reeleição, Wilson Santos, e o desafiante, o empresário Mauro Mendes, ficaram frente a frente no debate promovido pelo programa de TV do comunicador Roberto França. Por várias vezes, durante o debate, Wilson Santos agitou no ar o plano de governo de Mauro Mendes, que tinha apenas quatro páginas. Wilson sacudia a folha no ar, ironizando Mauro pelo seu plano pequeno, vazio de conteúdo e compromissos com a população de Cuiabá.
Ficou a lição para os candidatos que vieram depois? Nem tanto, dependendo do contexto, o plano de governo de muitos políticos continuou sendo uma mera peça a ser entregue para a Justiça Eleitoral como item obrigatório para receber o registro de candidato. É só para a Justiça ver. Alguns inserem fotos bonitas para encorpar o plano. Na verdade é um pastel de vento, com promessas pontuais para não assumir muitos compromissos que possam ser cobrados depois pela sociedade.
Sim, um plano detalhado, com o maior número de compromissos e informações sobre o modo de governar, com as prioridades de ação, é uma obrigação de qualquer candidato que se apresenta para governar de verdade uma cidade. Menos nunca é mais quando se trata de dar transparência às ações que possam melhorar a vida das pessoas, assumindo compromissos públicos. Quanto mais informações e ações propostas que um plano de governo apresentar significa, na prática, que o candidato, sem medo, está pronto para ser cobrado pela população em todas as áreas da gestão municipal.
Foi isso que o candidato da coligação Coragem e Força para Mudar, Lúdio Cabral, fez. Seu plano de governo participativo não é uma mera peça eleitoreira como seus adversários apresentaram. É um conjunto de informações sobre o rumo que propõem para mudar Cuiabá de verdade. O plano descreve com precisão as ações em todas as áreas, por exemplo, desde o compromisso com o saneamento das finanças da prefeitura; a construção de novas unidades de saúde e novos parques municipais; geração de empregos e renda; criação da Guarda Municipal Cidadã; o asfaltamento de 300 quilômetros de ruas, até o compromisso de acabar com a máfia do ônibus que enriquece a família de políticos e presta há anos um péssimo serviço à população.
Lúdio é médico, que atua na saúde pública de Cuiabá há 27 anos. Ele trabalhou na ponta, atendendo nos postos de saúde, e conhece a realidade das pessoas. Como médico experiente, em óbvio, o seu plano de governo participativo traz como maior força exatamente seus compromissos e ações para melhorar a saúde pública de Cuiabá. A saúde é o maior problema hoje de Cuiabá, um candidato a prefeito médico teria mesmo a obrigação de apresentar de forma detalhada o que vai fazer para resolver problemas da atual gestão e resolver outros que se arrastam desde gestões passadas.
Outro ponto que merece destaque. O Plano de Governo Participativo de Lúdio e Rafaela Fávaro foi feito a partir de consulta pública, ouvindo a sociedade em diversas plenárias abertas à população, tendo também a participação de especialistas renomados, reconhecidos pela sociedade. É um espelho da mudança verdadeira que as cuiabanas e os cuiabanos tanto anseiam.
Lúdio tem força política para liderar este projeto de mudança, vai trabalhar em parceria com o governo do estado e o governo federal do presidente Lula. Ele tem coragem de fazer as mudanças que o eleitor exige e tem um plano-compromisso. O plano de governo é participativo, a gestão será para todos. Lúdio é o candidato mais preparado. O eleitor vai comparar e escolher o melhor para Cuiabá, porque ninguém aguenta mais os mesmos velhos políticos e não quer cair no abismo do despreparo e desequilíbrio. O plano participativo de Lúdio demonstra respeito pelo eleitor.
*Robinson Cireia (PT) é vereador por Cuiabá, candidato à reeleição