“A instituição financeira precisa comprar dinheiro para depois vender, e quem define esse custo inicial é a Selic. Além disso, existe o spread bancário, que considera os custos da operação, o lucro do banco e, principalmente, o risco que o produtor representa”, explica.
O especialista destaca que, em tempos de juros elevados, o único fator que o produtor pode controlar para reduzir o custo de financiamento é o risco de crédito. E o caminho para isso passa, obrigatoriamente, por organização financeira e planejamento.
“O produtor que sabe seus custos, tem controle do caixa e apresenta bons resultados consegue mostrar que é um cliente com baixo risco. E isso abre as portas para taxas de juros melhores”, afirma.
Ozelame ministrou a palestra “Desbloqueie o melhor crédito no novo cenário rural”, durante a 5ª Oeste Rural Show, por oferecimento do Sicredi Biomas. Durante o evento, o consultor também falou sobre a decisão entre tomar crédito para custeio, desenvolvimento ou novos projetos e orientou cautela.
“Não é o momento de crescer a qualquer custo. É hora de olhar para o histórico de resultados, especialmente dos últimos três a quatro anos, para saber se determinado investimento realmente vai compensar”, orienta.
Ele lembra que a renda no campo pode variar bastante de um ano para o outro e que decisões baseadas em lucros pontuais podem mascarar a real capacidade de pagamento do produtor.
Fonte: Redação ZF Press
