Emprego na indústria cresce pelo quinto mês consecutivo em novembro

O nível de emprego na indústria brasileira subiu 0,3% em novembro. É o quinto mês consecutivo que o índice medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresenta alta, na comparação com o mês imediatamente anterior.

Em relação a igual mês do ano anterior, a taxa de emprego na indústria apresentou crescimento de 3,9%, a maior taxa desde dezembro de 2004, quando a expansão chegou a 4,1%. De janeiro a novembro, esse índice acumula alta de 2,1% (maior aumento anual na série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2002), e no acumulado dos últimos 12 meses, de 2%.

No confronto com novembro de 2006, o contingente de trabalhadores cresceu em 12 dos 18 segmentos e em 12 dos 14 locais pesquisados. Setorialmente, os maiores impactos positivos, na média nacional de empregos, vieram de alimentos e bebidas (4,8%), meios de transporte (11,8%) e máquinas e equipamentos (10,3%).

Por região, São Paulo (6,5%) exerceu a maior contribuição no total do país de novembro de 2006 para 2007. O Estado representa 37% do total empregado na indústria brasileira. O emprego na indústria do Paraná cresceu 4,6%, e na região Norte e Centro-Oeste teve expansão de 4,3%. Em sentido contrário, Espírito Santo (-4,5%) e Ceará (-1,3%) foram as únicas regiões pesquisadas que apresentaram decréscimo nesse índice.

De janeiro a novembro, 13 locais e 12 segmentos registraram mais empregados em relação a igual período em 2006.

Destacam-se alimentos e bebidas (4,3%), meios de transporte (7,3%), produtos de metal (6,9%) e máquinas e equipamentos (6,6%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-7,1%), vestuário (-3,7%) e madeira (-5,8%) exerceram os principais impactos negativos no índice geral.

Contratações

São Paulo (3,5%), Paraná (2,9%) e região Nordeste (1,4%) foram os principais destaques nessa comparação.

Segundo o IBGE, "a evolução positiva dos índices do emprego industrial está em linha com o maior dinamismo da atividade produtiva ao longo de 2007". O comunicado do órgão ressalta que o acumulado no ano (2,1%) aponta até novembro resultado superior ao fechamento de 2004 (1,8%), ano em que a produção cresceu 8,3%.

Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria caiu 3,5% entre outubro e novembro, na série com ajuste sazonal, resultado que interrompe uma seqüência de cinco taxas positivas. Sobre 2006, porém, a renda também teve a maior expansão desde dezembro de 2004, de 6,4%.

Fonte: CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio