Mesmo cassado, Deputado Fabris recebe salário da AL

Mesmo com mandato cassado há três meses, Gilmar Fabris (DEM) continua recebendo salário mensal de R$ 13 mil como deputado estadual. Hoje ele está na condição de "licenciado". O presidente da Assembléia, Sérgio Ricardo (PR), já foi notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) quanto a perda do mandato de Fabris. Não o "desgrudou" da vaga ainda, porém, sob alegação de que se encontra de licença para tratamento de saúde.

Enquanto isso, Fabris permanece com direito a todos os privilégios de quem está na ativa: "gordo" salário, um veículo Corolla à disposição, assessores, R$ 30 mil de verba de gabinete, mais R$ 15 mil a título de indenização e outras despesas custeadas pelo erário.

Fabris voltou a Assembléia após 20.057 votos. Com menos de dois meses de mandato, resolveu sair de licença para prestigiar o suplente Roberto França (sem partido). Depois foram mais duas licenças. No final do ano, uma representação do Ministério Público acabou culminando na cassação do seu mandato por compra de votos. O TRE descobriu que havia em Poxoréo, onde iniciou o processo, até caderneta com relação de eleitores e valores a serem pagos por voto pela coordenação da campanha de Fabris. Ele recorreu da decisão, mas não obteve êxito, assim como o deputado federal Pedro Henry (PP) e a estadual Chica Nunes (PSDB), que também foram cassados, mas estão nos cargos por força de uma liminar obtida no TSE.

Somados o que Fabris já recebeu desde quando entrou de licença para cuidar do problema de obesidade, em março do ano passado, já se vão R$ 100 mil de salário pagos a ele pela Assembléia.

Questionado sobre o assunto, o presidente da AL disse que "não há problema no fato de Fabris não ter saído oficialmente do mandato porque o suplente (França) já está ocupando o cargo, independente de qualquer coisa". (Pollyana Araújo)

Autor: RDNews