Senador não dá sinais de recuperação

Internado desde segunda-feira passada, Jonas Pinheiro apresenta quadro clínico gravíssimo; familiares e correligionários mantêm otimismo

Ainda é grave o estado de saúde do senador Jonas Pinheiro, que continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Amecor, em Cuiabá. O primeiro boletim médico de ontem, divulgado às 10h, classificava o quadro do parlamentar como grave e mantendo-se em coma arreativo com arreflexia de tronco cerebral, ou seja, não respondia a estímulos cerebrais.

Durante todo o dia houve especulações sobre a possível morte cerebral do senador. Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, apesar de não responder a estímulos nervosos, outros exames ainda precisam ser realizados para diagnosticar a morte cerebral.

Jonas respira com a ajuda de aparelhos e ainda depende de hemodiálise em razão do comprometimento de suas funções renais. Por outro lado, as atividades cardíacas e circulatórias estão estáveis.

Durante todo o dia de ontem, amigos e correligionários políticos do senador estiveram na Amecor para dar apoio à família e ter notícias sobre sua saúde. No início da manhã, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, esteve no hospital e rapidamente conversou com um dos filhos de Jonas.

No final da manhã, chegaram ao hospital, juntos, o senador Jayme Campos e o presidente do Diretório Estadual do DEM, Oscar Ribeiro. Eles também se reuniram com parentes e assessores próximos de Pinheiro. Apesar do agravamento da saúde do político, eles disseram que acreditam na recuperação do colega.

“Todas as nossas atenções e expectativas estão voltadas ao senador nesse momento. As nossas atividades do partido foram suspensas até que se resolva o problema de saúde dele”, disse Jayme.

Perguntado sobre a possibilidade do primeiro suplente, o empresário Gilberto Gellner, assumir a cadeira de Jonas, Oscar Ribeiro afirmou que essa é uma decisão que cabe à mesa diretora do Senado. “A mesa diretora fez questão de enviar a Cuiabá o cardiologista do Senado na última terça-feira para avaliar a situação. O médico deve emitir um relatório e cabe à mesa decidir se o suplente deve ou não ocupar a cadeira de Jonas até que ele se restabeleça”, declarou Ribeiro.

Jayme complementou que está constantemente repassando as informações ao presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho. “Estou falando com presidente da Casa quase todos os dias. Todos estão aflitos e muito preocupados com a saúde dele. Afinal, é um senador que tem um trabalho de destaque dentro da Casa”, garantiu Campos.

Ainda no final da manhã, a senadora Serys Slhessarenko (PT) também esteve na Amecor. Ela disse que acredita na melhor do colega. “O Jonas é um homem forte. Vai conseguir se recuperar”, frisou a petista. À tarde, Júlio Campos também passou pelo hospital, como tem feito todos os dias desde que o parlamentar foi internado.

Fonte: Reportagem do Diário de Cuiabá