20 de Novembro “Dia de refletirmos sobre a inserção do Negro no Brasil”

Semana da consciência Negra – feriado nacional em 12 estados brasileiros

Estamos vivendo a semana da consciência negra. Tudo começou em 1594, quando os primeiros negros trazidos da áfrica dentro de porões de navios foram para fazendas e colônias comandadas pelos senhores dos engenhos para então prestarem trabalhos forçados no Brasil como escravos. Trazidos pelos países europeus que descobriram as riquezas do Brasil habitado primeiramente pelos índios antes de 1500, os negros eram considerados a principal moeda de troca pelos fazendeiros e colonizadores que detinham de grandes posses. Em 1695 aconteceu o primeiro grande movimento em torno da resistência negra no país. Depois de liderar vários movimentos de resistência contra a escravidão e tentar colocar o negro em posição de direito e igualdade ao trabalho, Zumbi dos Palmares foi vitima de uma emboscada, foi morto e degolado na serra da barriga, interior de Alagoas, por resistir ás determinações impostas pelos senhores donos de grandes posses na época do Brasil colonial. Foram décadas de escravidão, trabalhando em troca apenas da comida, falta de reconhecimento e discriminação ao negro, que neste período ficou as “margens dos direitos humanos”.

Com a assinatura da Lei área em 13 de maio de 1888 pela princesa Izabel, libertando os negros das senzalas e troncos, abolindo a escravatura, isso “apenas a 121 anos”, o negro passou a ser reconhecido em tese como raça, como gente, como povo, como ser humano que ajudou a desbravar este pais. No Brasil são 76 milhões de afro descendentes (negros e pardos), quase a metade da população brasileira. O porque que o rendimento médio da população branca no Brasil é de R$ 812,00 mês em quanto a população negra é de R$ 409,00? Porque que em parcela de 1% dos mais ricos do país, 86% são de cor branca? No geral, 60% dos brancos atinge o ensino superior, contra apenas 18% dos negros, o porque?. 20 de Novembro, dia de reflexão, dia de realizar palestras e eventos educativos, principalmente para jovens e crianças nas escolas, evitando assim a propagação do racismo, discriminação e auto preconceito contra os negros, raça qual o Brasil tem uma divida moral sem proporção. O negro póde e deve fazer acontecer, crescer e aparecer, ocupando seus espaços e reconhecimento da sociedade brasileira. “Viva o pagode e a feijoada, viva o samba e a capoeira, viva o negro, orgulho da sociedade brasileira”!!

JOAO NEGAO
Vereador reeleito, jornalista.
Atual secretário de Turismo de Tangará da Serra-MT