O Sistema Penitenciário de Mato Grosso entrou em greve nesta sexta-feira. No Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tangará da Serra os agentes também “cruzaram os braços” e somente 30% dos serviços serão mantidos, entre eles alimentação e atendimento médico de urgência e emergência. Com a greve, as visitas aos reeducandos estão suspensas assim como atendimentos de advogados e as audiências somente admonitórias e alvarás de soltura.
O agente penitenciário do CDP, Agnaldo Viana, afirma que a greve foi retomada porque o governo do Estado não atendeu as reivindicações da categoria. “Nunca desistimos de entrar em greve. Houve um lado da boa vontade de todos os servidores do sistema penitenciário. Confiamos no Estado e aguardamos sua resposta. O acordo inclusive foi protocolado no Tribunal de Justiça”, explica o agente ressaltando que o prazo venceu no último dia 20, e o Estado não se pronunciou. “Com isso entendemos que houve quebra de acordo e a categoria decidiu em assembleia no dia 24, retornar com o movimento de greve” destaca.
As reivindicações estão relacionadas a insalubridade que foi aprovada em dezembro de 2011 e o governo tinha 180 dias para iniciar com os pagamentos. “O pagamento seria para junho de 2012. No entanto até agora nem o projeto foi encaminhado à Assembleia Legislativa e nem a empresa licitada para ver o grau de insalubridade”, diz.
O aumento de salário, conforme Viana também é uma das reivindicações da categoria. “Encaminhamos uma proposta ao governo, que nesses 60 dias estaria fazendo uma contraproposta aos servidores. Passado esse período não foi oferecido nenhum aumento. A única proposta oferecida foi ‘nada’ em 2013, 5% - 2014 e 5% em 2015”, ressalta o agente.
Fonte: Redação RP
