Silval defende trabalho de Ságuas na Seduc e afirma que só negocia com professores se greve acabar

Sem condições de atender às reivindicações dos professores, o governador Silval Barbosa (PMDB) fez uma defesa ampla do trabalho do secretário Ságuas Moraes (PT) na Secretaria de Estado de Educação e anuncio que só vai negociar com o Sindicato dos Trabalhadores (Sintep) quando a categoria voltar ao trabalho. “Quando a greve acabar, vou recebê-los sem problemas, para continuar o diálogo. Já fizemos isso recentemente e não terei problemas em fazê-lo novamente”, observa ele, em improvisada entrevista coletiva, no final da tarde desta segunda-feira (19/08), no Palácio Paiaguás.

Silval afirmou que foi o governador que mais valorizou a classe e lembrou que concedeu 25,88% de ganho real para os professores durante o seu mandato, iniciado em março de 2010, além de repor 100% da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “É louvável que queiram aumentar em 100% [dos salários]. Se fosse possível, iria pagar muito mais até do que estão pedindo, mas o Estado possui um patamar e eu não posso suplantar; tenho um limite de capacidade [financeira]”, pontua ele.

Ao invés de formular uma contraproposta, o governador optou por destacar o trabalho de Ságuas Moraes, na pasta. “Chamamos 8.600 servidores aprovados em concurso. É a maior contratação em massa da história da educação mato-grosense”, afirma ele.

“Estamos climatizando todas as escolas localizadas na zona urbana. Executamos 120 escolas e, até o próximo ano, chegaremos ao total de 430 escolas. Somente onde não houver padronização trifásica na energia elétrica é que ficará sem condicionadores de ar”, argumenta Barbosa. 

Silval lembra que 100% das escolas estaduais de Mato Grosso estão com intenet instalada e Laboratório de Informática em funcionamento. “E tem mais: o transporte está equacionado, porque, dos 2.300 ônibus, já adquirimos 1.503 para distribuir aos municípios”, afiança o chefe do Poder Executivo.

Pauta de reivindicações

O Sintep divulgou a pauta de reivindicações dos trabalhadores da educação em que exige a aplicação dos 35% dos recursos do Estado em educação, como determina a Constituiçãode Mato Grosso. 

Além disso, exige também a “realização de concurso público, cumprimento da hora-atividade, investimento nas unidades escolares e compromisso de valorização profissional do trabalhador por meio da dobra do poder de compra em um prazo estabelecido de no máximo sete anos”. (Colaborou Priscila Silva)

Fonte: Ronaldo Pacheco - Redação Olhar Direto