FINANÇAS - Taques se diz surpreso com relatório

Pedro Taques (PDT) vem acompanhando
de perto todas as etapas do processo de
transição do governo Silval
Segundo o governador eleito, os primeiros relatórios das contas do Estado preocupa um pouco, mas irá esperar a finalização dos levantamentos

O governador eleito Pedro Taques (PDT) demonstrou surpresa ontem com contas do governo do Estado. Conforme o pedetista, quando se entra mais detalhadamente na situação financeira do Executivo, encontra-se algumas novidades “não muito alvissareiras”. 

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia da TV Record, o governador eleito disse que vai conversar no tempo certo sobre essas questões. 

“Faremos isso sem pré-julgamento, sem precipitação. Até o dia 5 de novembro agora, já na semana que vem, as equipes que estão nos ajudando na transição, nas várias pastas, nos vários temas, nos ofertarão relatórios preliminares”, contou. 

O pedetista afirmou que o quadro financeiro preocupa. Mas se mostrou confiante e lembrou que Mato Grosso é um Estado onde as pessoas trabalham muito e por isso, prefere, neste momento, não fazer uma previsão de crise para o próximo ano. 

Segundo Taques, no fim de novembro a equipe de transição terá um quadro mais claro do Estado e então o governador deve demonstrar o que pretende fazer. 

“Nós pregamos durante a campanha eleitoral que o Estado deve ser transparente. Tudo será mostrado ao cidadão”, destacou. 

Quanto ao novo empréstimo pedido pelo governo do Estado para o custeio das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), Taques adiantou que vai buscar mais informações com o atual governador, Silval Barbosa (PMDB), sobre os motivos que levaram o Estado a pedir esse novo aditivo de R$ 200 milhões. 

Taques contou ainda que fez um pedido de informações ao governo do Estado e ao Banco do Brasil para saber se alguma parte dos R$ 720 milhões será liberada ainda na gestão do peemedebista. 

FUSÕES – O governador eleito voltou a falar que ainda não há uma certeza quanto a fusões de secretarias durante sua gestão. 

Conforme Taques, é preciso trabalhar com os números, saber se a atual forma cumpre com as políticas públicas e se os índices melhoraram. 

“Uma coisa é certa, eu assumi compromisso de cortar gastos e combater a corrupção, isso nós faremos”, destaca. 

REPASSESTaques também voltou a ser questionado sobre a sua proposta de redução dos duodécimos dos Poderes, no programa que chama de “Pacto por Mato Grosso”. 

O governador eleito, lembrou que o duodécimos é um repasse constitucional, ou seja, precisa ser cumprido. 

Entretanto, o governador afirma que o que precisa ser discutido é o conceito de Receita Corrente Líquida (RCL), que é a base de onde sai os valores para os repasses aos Poderes e ao Ministério Público. 

O pedetista afirma que tem buscado conversar com os chefes dos Poderes para ver a possibilidade de debater sobre o tema. 

Taques entende que é um erro somar os repasses carimbados da União como RCL, o governador eleito defende que o calculo de seja de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

Fonte: THIAGO ANDRADE
Da Reportagem Diário de Cuiabá