Taques rasga elogios a Aécio no Senado e diz não temer retaliação do governo Dilma

Áécio Neves com Pedro Taques e Nilson
Leitão, tomando garapa, durante a
campanha eleitoral, no centro de Cuiabá
No pronunciamento em que o Congresso Nacional ficou paralisado para acompanhar, na tarde desta quarta-feira (5), o senador e governador eleito José Pedro Taques (PDT) afirmou que apoiou o presidenciável Aécio Neves (PSDB) porque “o povo tem o direito de escolher o seu destino” e que não teme qualquer retaliação ao governo de Mato Grosso, partindo da presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT).

“Sou do PDT e tenho orgulho do PDT [compõem a base aliada de Dilma]. Mas apoiei vossa excelência muito consciente. Quero citar parte de uma frase do poeta Manoel de Barros: ‘Quem anda no trilho é trem de ferro; sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito!’ Na democracia, não devemos beneficiar os amigos e não prejudicar os adversários”, argumentou Taques. 

“Fui eleito governador com quase 58% dos votos. Alguns diziam que, se apoiasse o Aécio, Mato Grosso seria prejudicado, com a possível vitória de Dilma. Vossa excelência ganhou em Mato Grosso nos dois turnos. E não acredito em perseguição. Não tenho tempo para ter medo. Só tenho medo de ter medo. Creio que o Brasil ajudará muito Mato Grosso”, observou o governador eleito pelo PDT.

“O povo brasileiro entendeu que Dilma deve continuar por mais quatro anos. Porém, coloco o Brasil à frente dos partidos políticos. Precisaremos de diálogo com propostas, sem ressentimentos. Concordo que diálogo deve se iniciar nesta casa [Senado da República], casa da democracia’, emendou o governador eleito de Mato Grosso.

“Foi uma honra pedir votos para vossa excelência, sem medo”, completou Pedro Taques.

Em agradecimento, Aécio Neves recordou um encontro que teve com Pedro Taques, em Cuiabá. “Certamente o senhor será tão grande governador quanto foi senador, nos últimos quatro anos. E me lembro de uma frase que o senhor disse no centro de Cuiabá: Meu nome é Pedro Taques. Mas a partir de agora podem me chamar de Aécio Neves”, citou o senador do PSDB, que conquistou mais de 50 milhões de votos no segundo turno da disputa pela Presidência da República.

Fonte: Ronaldo Pacheco - Redação Olhar Direto