NEGOCIAÇÕES - Consórcio pode assumir obras do VLT

Tanto o governo Taques quanto o consórcio VLT, tentam chegar a um acordo para a conclusão das obras do modal e por fim às polêmicas 

Tanto o governo do Estado como o consórcio VLT Cuiabá tenta construir uma alternativa para que o modal de transporte de massa em Cuiabá, avaliado em R$ 1,477 bilhão, se transforme numa realidade, o que poderá ser através da concessão antecipada para o próprio grupo de cinco empreiteiras, CR Almeida, Santa Bárbara, CAF, Magna e Astep, assumirem não apenas a conclusão das obras como também a exploração do Veículo Leve sobre Trilhos. 

O assunto ainda é tratado com reserva por ambas as partes, mas já chegou a ser aventado em reuniões conjuntas tanto de técnicos como de gestores governamentais. 

O chefe do Gabinete de Projetos Estratégicos, Gustavo de Oliveira, reafirmou que o governador Pedro Taques (PDT) deseja concluir a obra, até porque ela é viável. “São necessárias três ações para que o VLT saia do papel e se torne uma realidade tanto para o Estado de Mato Grosso como para a população, já que estamos falando de um transporte de massa que atende a maioria da população de Cuiabá e Várzea Grande”, frisou Gustavo Oliveira. 

Para o secretário as três decisões a serem adotadas se resumem a: um cronograma factível para execução das obras; um bom projeto executivo e recursos novos para atender a demanda que está faltando ser investido, explicou ele lembrando que cabe ao Gabinete de Projetos Estratégicos e sua equipe a solução para o VLT, já que as obras e ações dependem da Secretaria de Cidades que assumiu as Matrizes de Responsabilidade das obras da Copa do Mundo. 

“A modelagem será uma decisão política diante do que for ofertado pelos técnicos, ou seja, se será uma PPP – parceria público-privada ou uma concessão, só que tudo dependerá de muito estudo para que não se cometa erros como no passado”, frisou o secretário-chefe reafirmando que sem um potencial construtivo adicional que é receita nova, não há como tornar o VLT uma realidade, até mesmo por questões contratuais. 

Gustavo de Oliveira lembrou que mesmo sendo uma licitação via RDC – Regime Diferenciado de Contratação que não prevê aditivo, o contrato estabelece a necessidade de reequilíbrio financeiro, ou seja, correção de valores diante da inflação e de outros quesitos técnicos. 

“Dos R$ 1,477 bilhão, foram gastos até o momento R$ 1,066 bilhão, restando próximo de R$ 200 milhões a serem contratados pelo Estado e outra liberação dentro do total, então acredito que com mais R$ 500 milhões seja possível concluir a obra, agora se este dinheiro vier da iniciativa privada será necessário analisar qual o impacto disto no custo final da tarifa que poderá se tornar inviável e superar os R$ 13,00 por passagem”, disse Gustavo Oliveira. 

MARCOS LEMOS
Da Reportagem Diário de Cuiabá