DEFESA DE RIVA - Silval e mais 17 serão testemunhas

Entre as testemunhas estão o conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo, três deputados, três ex-parlamentares e mais 10 servidores da Assembleia

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) foram arrolados como testemunhas de defesa pelo ex-deputado estadual José Riva (PSD) no processo criminal em que responde pela suspeita de desviar R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de fraude na aquisição de material gráfico. Por conta disso, Riva está preso preventivamente desde o dia 21 de fevereiro no Centro de Custódia de Cuiabá, em decorrência da “Operação Imperador”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). 

Ainda serão testemunhas de defesa os deputados estaduais Mauro Savi (PR), Romoaldo Junior (PMDB) e Dilmar Dal Bosco (DEM). Como todos detém foro privilegiado, a exemplo do conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo, poderão escolher dia, horário e local em que prestarão depoimento. Também foram arrolados os ex-deputados Luiz Marinho (PTB), Airton Rondina, o "Português" (PSD) e Antônio Azambuja (PP). 

Os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação estão programados para ocorrer no período de 22 a 28 deste mês, conforme despacho da juíza da Vara Especializada Contra o Crime Organizado, Selma Rosane de Arruda. No primeiro dia, é aguardado o depoimento de Riva, o que representa sua primeira saída provisória da penitenciária. 

Também foram arrolados como testemunhas de defesa pelo ex-parlamentar Pedro Paulo Atonieto, José Vanderlei Bertoncello, Vera Lúcia Lissone, Joailton B. Souza, José T.C Costa, Marcelo M. Takashahi e Yeso Bento Ramos de Vasconcellos e o empresário Augusto César Menezes e Silva. 

Também foram inclusos dez servidores da Assembleia Legislativa que são Álvaro Gonçalo de Oliveira, Evaldo do Espírito Santo, Isis Catarina Martins Brandão, Nelson Divino da Silva, Vanda Terezinha de Almeida Andreo, Geraldo Lauro, Juracy de Brito, Joel Evangelista dos Santos, Clesso Barros de Arruda, e Edipson Morbeck, falecido recentemente. Todos prestarão depoimentos no dia 24. 

Por outro lado, foram arrolados como testemunhas de acusação o tenente-coronel da Polícia Militar, Evandro Ferraz Lesco, e o soldado Arlindo Santos Macedo. Ambos atuaram no Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado) na época das investigações. Também foi arrolada a servidora do Ministério Público Estadual (MPE), Edna Aparecida de Mattos, e o empresário Wilson da Silva Oliveira, conhecido como “Wilson Grafite”, que tem atuação no ramo gráfico em Várzea Grande. Outras testemunhas arroladas são Tatiana Laura da Silva Guedes, Aurea Maria de Alvarenga Gomes Nassarden, Clarice Pereira Leite, Jefferson Luiz de Oliveira. 

Um dos depoimentos mais aguardados está marcado para o primeiro dia da audiência de instrução processual. Trata-se do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça. Ele firmou delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) contribuindo assim com as investigações da Polícia Federal referentes à lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional, que vieram à tona com a Operação Ararath. Por conta dos depoimentos, documentos foram compartilhados e permitiram ao MPE descobrir a suspeita de fraude na Assembleia Legislativa. 

RAFAEL COSTA
Da Reportagem Diário de Cuiabá