CRISE - AL sugere suspeição de conselheiro

O deputado Wilson Santos afirmou que o conselheiro Antônio Joaquim é candidato em 2018; Eduardo Botelho o acusou de ser sócio de Silval Barbosa

A Assembleia Legislativa voltou a questionar durante a sessão ordinária desta quinta-feira (18) a decisão do TCE (Tribunal de Contas do Estado) pela aprovação de um parecer prévio favorável à aprovação das contas de gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) referentes a 2014. 

O líder do governo, deputado estadual Wilson Santos (PSDB) deixou implícito que o relator das contas, conselheiro Antônio Joaquim, tem pretensões políticas e por isso vem se posicionando cada vez mais nas questões do Estado. 

Nas últimas semanas, o presidente do diretório estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, manteve diálogos no sentido de obter futuramente a filiação de Antônio Joaquim para lançá-lo candidato ao governo do Estado nas eleições de 2018. 

“Todas as minhas contas foram aprovadas pelo TCE, inclusive pelo conselheiro candidato Antônio Joaquim, inclusive com falas elogiosas que me motivaram ao caminho da correção”, declarou. 

O parlamentar ainda lembrou de seu histórico político de ser ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-deputado federal, além de cinco anos como prefeito de Cuiabá e sofreu uma única condenação por improbidade administrativa, ainda em grau de recurso, por conta da contratação de médicos temporários. 

“Tenho a mesma condenação que o conselheiro candidato Antônio Joaquim sofreu da juíza Célia Regina Vidotti”, disse. 

Ex-secretário de Educação na gestão de Dante de Oliveira (já falecido), Antônio Joaquim foi condenado por improbidade administrativa por conta da suspeita de contratação irregular de professores temporários. Ainda cabe recurso da decisão de primeiro grau. 

O tucano também lembrou que recentemente Antônio Joaquim esteve em Brasília para uma reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, para discutir uma possível filiação ao PMDB. 

"A prerrogativa do conselheiro é a mesma de um magistrado: a imparcialidade", pontuou, reforçando que Antônio Joaquim estaria agindo como “conselheiro candidato”. 

Por outro lado, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), defendeu que a Assembleia Legislativa reivindique a suspeição do conselheiro Antônio Joaquim no julgamento das contas de gestão do ex-governador Silval Barbosa afirmou na tribuna que existem suspeitas de que o conselheiro e o peemedebista sejam sócios em atividades empresariais. 

“Existem indícios de que esse conselheiro tem negócios diretamente com o ex-governador Silval, negócios de ordem milionária. Se essa pessoa tem qualquer relação comercial, acho que temos que fazer um pedido que ele seja suspeito de fazer um parecer ou julgamentos inerentes às contas do Silval”, declarou.

RAFAEL COSTA
Da Reportagem Diário de Cuiabá