NOVA SIGLA - Fávaro vai à reunião do PL em Brasília

O vice-governador de Mato Grosso vem coordenando a coleta de assinaturas no Estado; partido deve receber adesão de deputados e vereadores

“Estamos apenas e tão somente montando um novo partido. Uma nova opção eleitoral para a população e para os políticos que desejam trocar de sigla por vários motivos que vão desde questões estratégicas ou mesmo de conflito na relação interna”, disse o vice-governador Carlos Fávaro ontem ao embarcar para Brasília, onde se reuniria com os responsáveis pelo processo de criação e refundação do Partido Liberal (PL). 

Mesmo evitando falar em candidaturas já para 2016, quando estarão em disputa as 141 prefeituras de Mato Grosso e as 5,7 mil no Brasil, além das vagas de vereadores em todas as cidades, Carlos Fávaro confirmou conversações com pelo menos dois vereadores de Cuiabá que estão ajudando na captação das assinaturas de eleitores necessárias para a fundação do partido. Trata-se de Leonardo Oliveira (PTB), líder do prefeito Mauro Mendes (PSB) e sobrinho de Dante de Oliveira, e Domingos Sávio (SD), que está afastado da Câmara porque desempenha a função de secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá. 

“Os dois estão nos ajudando, assim como vários deputados estaduais e outras pessoas têm trabalhado na formação da nova sigla por acreditarem em uma nova proposta de interesse da coletividade, nada, além disto,”, explicou o vice-governador. 

Carlos Fávaro sinalizou que ainda é cedo para se falar em eventuais candidaturas, mas todo partido parte do pressuposto de ter candidaturas próprias ou coligadas que coadunem com o pensamento e as diretrizes partidárias. 

“Os partidos são formalizados em cima de programas, estatuto e normas que precisam ser respeitadas, então estamos trabalhando na conceituação desta nova sigla que apesar de ter o nome de Partido Liberal – PL não tem relação com o partido que se fundiu em 2006 com o Prona e criou o atual PR”, disse o vice-governador. 

Fávaro sinalizou que a reunião de ontem seria ampliada com os resultados do trabalho de cada Estado na busca das assinaturas necessárias para se ingressar no Tribunal Superior Eleitoral – TSE com o pedido de criação da nova sigla. 

Pela legislação eleitoral são necessários 0,5% de eleitores que votaram na última eleição em 1/3 dos Estados, ou seja, em 9 Estados e nos últimos anos essas exigências se tornaram mas rigorosas, ao ponto dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, negarem o registro para o Rede Solidariedade de Marina Silva por causa de irregularidades nas assinaturas dos eleitores que não haviam atingido o máximo exigido em lei. 

“Por causa das exigências legais, temos sido criteriosos na coleta de apoio, lembrando que ao dar apoio à criação, o eleitor não tem vinculação com a nova sigla, ou seja, ele pode inclusive ser filiado em outro partido, sendo que a assinatura cumpre apenas preceito legal no interesse da criação partidária, não gerando vínculo ou qualquer outra obrigação”, explicou Carlos Fávaro. 

A ideia dos fundadores do Partido Liberal é que ele esteja pronto para apresentar as assinaturas necessárias com o pedido de registro partidário no Tribunal Superior Eleitoral – TSE a partir de agosto com o retorno das atividades da instituição que se encontra em recesso judicial. 

MARCOS LEMOS
Da Reportagem Diário de Cuiabá