PACTO - Taques participará de reunião com Dilma

O principal tema da reunião entre a Presidente da República e os 27 governadores será a busca de uma saída para a crise política e econômica do país

Todos os governadores serão convidados a se reunir com a presidente Dilma Rousseff, na próxima semana, para definir um pacto de governabilidade e aprofundarem as discussões e soluções para a crise econômica e política que se instalou no país e que causa instabilidade ao governo federal, afetando Estados e municípios. 

O governador Pedro Taques (PDT), que se encontra na capital do Amazonas, Manaus, participando do 11º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal com a presença de nove chefes de Estado e três ministros, o de Transportes, Antônio Rodrigues; do Meio Ambiente, Isabella Teixeira e de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, admitiu que reservadamente os governadores discutiram a crise econômica e política. 

Com posições mais independentes, Pedro Taques (PDT) foi o único governador de Estado que admitiu a existência de um clima pré-impeachment da presidente da República, diante das denúncias decorrentes da Operação Lava Jato. 

A ideia do Palácio do Planalto é discutir uma pauta favorável ao Ajuste Fiscal, já que a aprovação do governo é afetado diretamente pela crise econômica que atingiu a todas as classes sociais do país, principalmente os de pouco poder aquisitivo e que somam a maioria da população. 

É clara a preferência do governo federal pelo encontro com os governadores de partidos aliados, mas diante da crise econômica, ministros como Joaquim Levy da Fazenda e Nelson Barbosa do Planejamento, mas todos estão sendo acionados. 

Há 15 dias, o ministro da Fazenda, ligou para o governador Pedro Taques (PDT) informando a previsão para pagamento do Fundo de Exportações (FEX) de 2014 que soma R$ 400 milhões para Mato Grosso e R$ 1,9 bilhão para todos os Estados e municípios, além da real possibilidade de havendo resultado nas medidas do Ajuste Fiscal em ser liberado o empréstimo de R$ 720 milhões do BNDES para Pontes de Concreto e para Restauração de Rodovias Estaduais. 

Na conversa por telefone, Joaquim Levy pediu apoio ao governador Pedro Taques (PDT) junto à bancada federal de Mato Grosso, para que a Medida Provisória que cria dois Fundos, o de equalização da alíquota do ICMS na proporção de 7% para os Estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste e 4% para os Estados do Sul e Sudeste; e o de Infraestrutura fosse aprovado o quanto antes, já que as mesmas preveem recursos depositados no exterior que ao serem repatriados recolheriam impostos e seriam legalizados. 

Fora isso, a presidente Dilma Rousseff deverá ainda pedir apoio para a manutenção do veto ao reajuste dos salários dos servidores do Poder Judiciário estimado em R$ 25 bilhões de impacto, recursos que indiretamente colocam em risco as meta do superavit primário. 

Nos últimos dias Pedro Taques trocou impressões com vários governadores aliados seus, inclusive os do Sudeste do Brasil que manifestaram publicamente apoio à proposta de unificação do ICMS, o que seria rejeitado pela maioria dos governadores por não acreditarem na reposição das perdas decorrentes da redução na alíquota do ICMS e no fim da guerra fiscal.

MARCOS LEMOS
Da Reportagem Diário de Cuiabá