Os dois senadores mato-grossenses foram indicados pelos seus partidos para analisar o processo de impeachment de Dilma Rousseff
O senador Wellington Fagundes (PR) deve compor a Comissão que dará o parecer acerca da admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado Federal. Seu nome foi indicado pela bancada do Partido Republicano na Casa de Leis.
A decisão se deu após o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciar sua decisão de formar a comissão a partir de indicação dos blocos partidários.
Cinco partidos integram o bloco do qual Fagundes faz parte. Além do PR, também fazem parte PTB, PSC, PRB e PTC. Devido à sua composição, o grupo teve direito de indicar dois nomes para fazerem parte da comissão do impeachment.
O outro escolhido foi por meio de sorteio. Trata-se do senador Magno Malta (PR-ES). O senador Blairo Maggi (PR) teve seu nome incluso no sorteio, mas não foi contemplado.
O nome de Fagundes foi indicado devido ao fato de ele ainda não ter se posicionado quanto ao tema. Ele afirma que ainda está indeciso sobre o impeachment da presidente Dilma.
Vale lembrar, entretanto, que o senador mato-grossense é considerado aliado da chefe do Executivo nacional. Prova disso é que ele foi convidado para desempenhar a função de líder do governo no Senado Federal em novembro do ano passado.
Além de Fagundes, o senador José Medeiros (PSD) também foi indicado pelo líder do partido no Senado, Omar Azis (PSD-AM), para compor a Comissão.
A definição de todos os indicados ocorrerá apenas na próxima segunda-feira (25). A expectativa é de que a conclusão dos trabalhos da comissão ocorra na 1ª quinzena de março.
O pedido de abertura do processo de impeachment foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados no último domingo (17), quando a maioria dos deputados federais votou a favor da instauração do procedimento.
O documento foi encaminhado ao Senado Federal nesta segunda-feira (18). O presidente da Casa de Leis, senador Renan Calheiros (PMDB/AL), recebeu em mãos a admissibilidade da ação aprovada pelos deputados.
Após a votação na Comissão, o relatório será levado a plenário. Para que o processo de cassação seja, de fato, instaurado é necessário que 41 senadores votem pelo seguimento do processo de impeachment.
Caso isso aconteça, a presidente será afastada por 180 dias. Neste período, a comissão segue os trabalhos para apurar se houve ou não crime de responsabilidade.
A votação definitiva do impeachment ocorrerá em sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandovski.
KAMILA ARRUDA
Reportagem Diário de Cuiabá