RGA - Servidores rejeitam proposta do governo

Cerca de 900 pessoas participaram da Assembleia feita ontem pelo Fórum Sindical na Praça das Bandeiras
Dia 7, servidores farão paralisação de 24 horas e definirão se entram em greve por tempo indeterminado

Os servidores públicos do governo do Estado rejeitaram por unanimidade a proposta do governador Pedro Taques (PSDB) em pagar a Reposição Geral Anual – RGA 2017 - em três parcelas a partir de janeiro do ano que vem. Também foi aprovada uma paralisação geral para o próximo dia 07 de junho, quando os funcionários públicos ocuparão à Assembleia Legislativa e definirão se entrarão em greve por tempo indeterminado. 

“Nós aprovamos conjuntamente com todas as demais categorias a rejeição da proposta unilateral do governo do Estado e uma paralisação geral para o dia sete de junto, quando vamos ocupar á Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso e lá, se não houver nenhuma outra proposta, vamos deliberar mais 48 horas de paralisação para dar a chance do governo rever sua proposta e se não houver contrapartida, vamos deliberar a greve por tempo indeterminada”, disse Oscarlino Alves um dos coordenadores do Fórum Sindical. 

“Quando a gente deflagrar greve é porque não existe mais negociação. Como o governo apresentou proposta, acreditamos na possibilidade de melhorar para atender o trabalhador, acabar com a celeuma e evitar a greve”, complementa. 

Já o presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo de Mato Grosso, Edmundo Leite, criticou o fato, da proposta ter sido construída sem a participação dos sindicatos. 

“Achamos indecorosa essa proposta que foi apresentada primeiramente à imprensa e depois aos servidores, que são os maiores interessados. Além disso, não aceitamos receber esse parcelamento ainda no ano que vem”, disse Edmundo Leite. 

Cerca de 900 pessoas participaram da Assembleia Geral Unificada convocada pelo Fórum Sindical – Entidade que representa 33 Sindicatos e Associações do funcionalismo público do Estado. 

A Associação de Oficiais da PM e Corpo de Bombeiros participou da assembleia geral dos servidores. Para ambas as entidades, os PMs e bombeiros não participarão das paralisações, mas apoiam o movimentos dos servidores públicos. 

“Vamos estar unidos com as categorias que não aceitam essa proposta ridícula do governo. Vamos acompanhar todas as manifestações, garantindo a segurança dos trabalhadores”, disse o tenente-coronel Wanderson Nunes que preside a entidade. 

Quem também esteve presente no ato foi o deputado estadual Valdir Barranco (PT) que apoiou ato dos servidores e disse que tentará mudar a proposta do governo no Legislativo. “Sei que é difícil porque o governo tem uma base grande. Mas acredito que a pressão dos servidores públicos em cima dos deputados poderá reverter essa situação para construirmos uma proposta melhor e mais justa para os servidores”, afirmou o parlamentar. 

De acordo com a proposta apresentada na última sexta-feira (26), o governo pretende pagar a RGA 2017 em três parcelas a partir de janeiro de 2018: 2,15% em janeiro, 2,15% em abril e 2,14% em setembro, totalizando assim os 6,58%. 

Já em relação a RGA de 2018, o governo fez uma previsão pagá-lo em dezembro de 2018 e março de 2019, 2% e 2,14% respectivamente totalizando 4,19%. 

PABLO RODRIGO
Da Reportagem Diário de Cuiabá