Roseli diz que família sai de cabeça erguida e afirma estar tranquila quanto a investigações

A primeira dama do Estado, Roseli Barbosa, ex-secretária de Trabalho e Assistência Social, disse hoje (05), durante a inauguração da reforma de 29 enfermarias da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que a família Barbosa deixa o governo de cabeça erguida ao final deste mês de dezembro. Ela confirmou que prestou depoimento ao Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga denúncias de fraudes na secretaria que ela comandou até fevereiro de 2014.

Seguindo o discurso do seu marido, o governador Silval Barbosa, Roseli avaliou que o tempo vai reverter o desgaste da gestão que empreendeu obras importantes em Cuiabá e Várzea Grande, mas não tem o reconhecimento da sociedade. “Essas coisas são assim mesmo, o reconhecimento vai vir com o tempo. Grandes obras foram feitas com muita dificuldade. O governador trabalhou desde os projetos, passando pela busca de recursos até a execução das obras”, comentou.

Questionada sobre os desdobramentos da operação ‘Arqueiro’, que investiga denúncias de fraudes que teriam acontecido entre 2012 e 2013, durante sua gestão, Roseli afirmou estar absolutamente tranquila. A Setas é acusada de contratado a empresa Microlins e o Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, usando ‘laranjas’.

“As investigações ocorrem em segredo de justiça. Fui chamada e fiz todos os esclarecimentos e é isso mesmo. A função do Ministério Público Estadual (MPE) é investigar se houver denúncia. Eu estou a disposição do Gaeco, já fiz meu depoimento há duas semanas. A própria secretaria instaurou uma auditoria, os cursos foram prestados, as qualificações foram feitas nos municípios. Se tem alguma coisa o MPE vai resolver”, ressaltou a primeira dama Roseli Barbosa. 

As investigações começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de capacitação em hotelaria e turismo promovido pelo Governo do Estado. Em um dos casos exemplificados pelo MPE, a pessoa contratada para elaboração do conteúdo das apostilas possuía apenas o Ensino Médio completo. Em seu depoimento, a jovem confessou que recebeu pelo serviço a quantia de R$ 6 mil e que copiou todo o material da internet.

Fonte: Raoni Ricci - Redação Olhar Direto