VLT - Taques quer punição aos responsáveis

O governador já solicitou que a PGE possa contribuir com as investigações por parte do MPE e MPF para verificar se houve desvio de dinheiro público

O governador Pedro Taques (PDT) ordenou que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) tenha empenho para auxiliar o Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) para penalizar agentes políticos e servidores públicos eventualmente envolvidos em irregularidades relacionadas ao VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos). 

“A Procuradoria Geral do Estado vai ser proativa e vai junto com a Controladoria Geral do Estado auxiliar os ministérios públicos Estadual e Federal a responsabilizar quem porventura cometeu ilícito”, disse. 

O procurador-geral do Estado, Patrick Ayala, foi um dos responsáveis pelos trabalhos da auditoria nos contratos das obras do VLT. Questionado a respeito de qual seria a participação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e do ex-secretário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, nos indícios de irregularidades administrativas, Ayala preferiu manter a cautela. 

“Somente órgãos de apuração como o Ministério Público vão ter essa resposta”, disse. 

Embora tenha sido apresentado durante a coletiva à imprensa um resultado sombrio das obras do VLT como empreiteiras reivindicando mais R$ 293 milhões para a conclusão das obras e com o dinheiro do financiamento liberado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Taques assegurou que pretende concluir a obra do VLT e pediu apoio dos municípios. 

“Nós precisamos encontrar soluções e essas não dependem exclusivamente do governador do Estado. Precisamos da Assembleia Legislativa e dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande para avançar neste sistema”. 

Taques também ressaltou que é contrário ao abandono da obra, mas é preciso que a sociedade entenda os custos de cada uma das possibilidades. 

"Eu sou contra desistir do VLT agora. Mas é necessária transparência, é necessária que a sociedade entenda a realidade em que nos encontramos. Esta obra só poderá ficar pronta em 2016, a um custo mais alto que o previsto, e com um modelo tarifário que precisa ser construído", disse o governador. 

Embora a equipe do governo do Estado tenha apresentado dados do VLT identificando problemas estruturais em obras complementares como o Viaduto da UFMT e Viaduto da Sefaz, não houve apontamento de superfaturamento nas obras e de eventuais responsáveis. Um relatório da Controladoria Geral do Estado deverá ser divulgado até o final deste mês.

Fonte: RAFAEL COSTA
Da Reportagem Diário de Cuiabá