NOVO PRONTO-SOCORRO - Governo e prefeitura assinam convênio

A obra do hospital está orçada em R$ 100 milhões, sendo que 80% referentes à construção da unidade e o restante aos equipamentos

A prefeitura de Cuiabá e o governo do Estado assinaram na tarde desta terça-feira (10) o convênio para a construção do novo Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. A unidade de saúde foi o principal compromisso de duas campanhas eleitorais, a do prefeito Mauro Mendes (PSB) em 2012 e a do governador Pedro Taques (PDT) em 2014. 

A fim de garantir a efetividade da promessa, os Executivos estadual e municipal se uniram. A obra está orçada em R$ 100 milhões, sendo R$ 80 milhões referentes à construção da unidade e R$ 20 milhões para aquisição de equipamentos. 

Deste montante, R$ 50 milhões serão bancados pelo Palácio Paiaguás. A prefeitura, por sua vez, ficará responsável por dar uma contrapartida de R$ 30 milhões. O restante será angariado por meio de emenda parlamentares junto à bancada federal de Mato Grosso. 

O deputado federal Fábio Garcia (PSB), inclusive, já garantiu a destinação de 50% de suas emendas à construção do novo pronto-socorro. O socialista foi um dos idealizadores do projeto enquanto ocupava o cargo de secretário de governo no Palácio Alencastro. 

Apesar de não suprir todo o deficit de leitos na cidade, a nova estrutura terá seis centros cirúrgicos, 60 leitos para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 38 leitos de observação, 198 para internação e outros 20 leitos exclusivos para tratamento de queimados. 

O novo pronto-socorro será construído nas proximidades do Centro de Eventos do Pantanal. A intenção de Mendes é transformar a área de 20 hectares na “Cidade da Saúde”, com um centro de especialidades e uma unidade voltada para a maternidade. 

Aliás, Pedro Taques (PDT) e Mauro Mendes (PSB) defendem a obra como sendo de todo Mato Grosso, já que boa parte dos atendimentos realizados no atual hospital e pronto-socorro, que foi construído na década de 80 vem em sua maioria do interior do Estado e até mesmo de outras regiões do Brasil. 

Crítico da falta de apoio do governo federal, por tentar em vão, resolver paliativamente a situação da saúde na capital do Estado com a abertura do Hospital São Benedito, uma unidade particular completamente montada e desativada sob alegação de dívida cumulada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Mauro Mendes tentou pegar carona na Copa do Mundo e solucionar os problemas que faziam parte das exigências da FIFA, mas nem ele, nem o governo do Estado conseguiram o intento de abrir a unidade. 

Agora, com o apoio do aliado político, Pedro Taques, que também prometeu em sua campanha a construção de um Hospital com 350 leitos na capital, Mauro Mendes tenta colocar em prática seu plano e procura resgatar um dos maiores calcanhares de Aquiles e prato cheio para a oposição nas eleições municipais do ano que vem, a qual dificilmente ele não deverá disputar, até mesmo por sobrevivência política. 

A promessa do socialista durante a campanha eleitoral, entretanto, era de construir a nova unidade de saúde nos dois primeiros anos de mandato, fato que não foi possível. 

Em dois anos de mandato o chefe do Executivo municipal não conseguiu finalizar a execução de nenhum dos grandes projetos apresentando durante a sua gestão para Cuiabá. A única obra entregue pelo socialista à população até o momento foi a revitalização do complexo Dom Aquino. 

Ainda restam a construção do novo pronto-socorro, a revitalização do Porto (Porto Cuiabá), o parque das águas e a reforma do hospital São Benedito e do Parque Tia Nair.

KAMILA ARRUDA
Da Reportagem Diário de Cuiabá