OITIVAS - Presidente da CPI da Copa classifica depoimento de Eder como genérico

O presidente da CPI das Obras da Copa, o deputado Oscar Bezerra considerou que o depoimento em condição de testemunha, do ex-secretário da Copa, Eder de Moraes foi evasivo.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) considerou que o depoimento, em condição de testemunha, do ex-secretário da Copa, Eder de Moraes, foi evasivo.

Para o presidente, as explicações prestadas foram genéricas, tendo em vista que o depoente resguardou o direito de não produzir provas contra si próprio.

“Ele foi muito pragmático nas respostas, ou seja, objetivar realmente algo que queríamos ouvir, pode ser que ele tenha tido a habilidade de não o fazer, mas pode ter se comprometido para o futuro, porque era obrigado a dizer a verdade”, declarou Oscar.

Em seu entendimento, as respostas do ex-secretário Eder Moraes foram genéricas. “As explicações foram bem genéricas, obviamente, resguardado em seu direito de não produzir provas contra ele próprio. Mas, se no decorrer do processo investigativo, algum fato por ele aqui narrado, não condizer com a verdade dos fatos, ele pode ser penalizado em uma segunda etapa da CPI”, destacou o deputado.

No entanto, o presidente considera que a contribuição foi positiva no sentido de que as afirmações de Eder Moraes serão cruzadas com dados, documentos e demais depoimentos colhidos pela investigação.

Conforme o parlamentar, existe uma responsabilização da gestão passada, pois Eder Moraes consolidou a informação de que a troca do modal BRT para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi uma decisão de governo.

“Ficou pontuado em seu depoimento, que a falta de gestão ocasionou grande parte dos problemas encontrados nas obras da Copa do Mundo”, esclareceu.

Um segundo depoimento do ex-secretário Eder Moraes não é descartado e até uma possível acareação com a participação do também ex-secretário da Secopa, Maurício Guimarães.

“O ex-secretário Eder imputou muita responsabilidade ao Maurício, pois se limitou a responder por atos de sua gestão da pasta, que foi encerrada em abril de 2012. Precisamos destacar que qualquer informação inverídica prestada à esta Comissão de Inquérito resulta no crime de falso testemunho. Caso, as informações prestadas aqui sejam desmentidas pelo Maurício Guimarães, poderemos realizar uma acareação”, observou Oscar.

O presidente ressalta que neste primeiro momento, a CPI das Obras da Copa está em sua fase técnica, com a coleta de informações, dados, análise de documentação, e depoimentos.

“Ele veio na condição de testemunha, e se for desconstruído este depoimento, ele assumirá todas as responsabilidades”, concluiu.

Fonte: MARIANNA MARIMON / Assessoria de Gabinete