BASTIDORES - Paulo Taques deve ser o vice de Mauro

A proposta já foi oficializada pela cúpula estadual do PSDB, que tenta convencer e secretário-chefe da Casa Civil a aceitar o desafio

A disputa eleitoral em Cuiabá deve ganhar um novo impulso nos próximos dias com a definição do nome do atual secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, para compor a chapa majoritária do prefeito Mauro Mendes (PSB) que deve disputar a reeleição em outubro deste ano. 

Apesar de todas as especulações e defesas por acordos partidários, a definição do nome do vice deve se concretizar nos próximos dias com uma reunião entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o prefeito, deixando ainda a definição do partido pelo qual Paulo Taques entraria na disputa. 

“Essa é uma questão bem encaminhada, dependendo apenas de alguns ajustes diante do arco de aliança que contém 12 partidos”, disse um articulador de confiança tanto do governador Pedro Taques quanto do prefeito Mauro Mendes, que nos últimos dias costura os entendimentos principalmente dentro do PSDB que, apesar de defender uma candidatura própria, sabe não existirem nomes para enfrentar uma disputa da envergadura da capital de Mato Grosso e que é responsável por 30% dos votos do Estado. 

Fora isto, o PSDB na última reunião deu carta-branca para que seu maior líder em Mato Grosso, o governador Pedro Taques, conduzisse o processo ‘pró-Mauro Mendes, tanto que partiu dos tucanos o veto a qualquer tipo de acordo envolvendo, pelo menos em Cuiabá, alianças com PMDB e PT. 

Este veto em alguns casos foi ampliado para o PR e para o PDT, mas diante da repercussão negativa na grande maioria dos municípios de Mato Grosso, o próprio presidente do PSDB, Nilson Leitão, recuou e ponderou que não existem vetos, apenas a preferência de coligação com os 12 partidos do arco de alianças que desde 2010 caminham juntos. 

Paulo Taques, como candidato a vice, deixa nítida a participação do governador Pedro Taques na administração de Cuiabá e reforça a tese de que Mauro Mendes terá que cumprir o mandato em sua quase totalidade, ou seja, caso reeleito o atual prefeito cumpriria mais três anos e poderia abrir o último ano para o vice assumir e estando de bem com a sociedade e até mesmo disputar a reeleição. 

Taques sabe que o processo de reeleição para o governo do Estado começa nas eleições municipais deste ano, portanto ganhando a reeleição de Mauro Mendes o chefe do poder Executivo mato-grossense já terá pavimentado parte de sua campanha à reeleição em 2018. 

“Temos em 2016 as eleições municipais e em 2018 as eleições estaduais, e, se os entendimentos construídos derem os resultados que esperamos, em 2020 novamente poderemos colher resultados positivos em relação às eleições municipais e 2022 para o governo do Estado”, disse o interlocutor. 

Procurado pela reportagem, Paulo Taques evitou comentar sobre assunto. “Eu não vou comentar nada sobre eleições, em um momento oportuno falarei sobre isso”. 

PABLO RODRIGO
Da Editoria Diário de Cuiabá